Mais de cinco mil pessoas circularam pelo Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade em cinco dias de evento

Por Redação

Tomados pela emoção, mais de cinco mil participantes da 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª+8), realizada na capital federal, escreveram mais um capítulo da história da saúde pública brasileira. O relatório final do evento, consolidado de 4 a 7 de agosto, após amplas discussões que percorreram o Brasil em mais de três mil conferências preparatórias, vai nortear as ações do Ministério da Saúde (MS) para o Sistema Único de Saúde (SUS) pelos próximos anos. A realização do maior evento participativo do país é garantida pela Constituição de 1988.

“Nós somos a favor da luta nas suas diferenças e a contribuição de cada segmento da saúde foi fundamental nesse processo. Estamos construindo coletivamente a garantia do SUS como nós sonhamos”, disse Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), órgão responsável pela organização da 16ª Conferência.

Ao todo, 331 propostas oriundas de todos os estados estão sendo consolidadas no relatório final. Além disso, foram aprovadas 57 moções que marcaram o posicionamento do evento em relação a diversos temas ligados à saúde.

O Plano Plurianual 2018-2020 e o Plano Nacional de Saúde são os principais documentos do MS que dão base para o desenvolvimento de uma série de políticas públicas da área. Pouco antes de subir ao palco no dia da abertura do evento, em entrevista ao CNS, o ministro garantiu que levará em consideração as demandas que vão compor o relatório final do evento. “Claro. Vamos receber todas as demandas, classificá-las, aproveitá-las, debater as que estão ligadas com a política pública. Com certeza, dialogar é minha marca. Minha vida inteira foi assim”, afirmou.

O relatório final da 16ª Conferência será divulgado ainda este ano, após o trabalho de compilação das propostas feito pela Comissão de Relatoria. A 16ª Conferência trouxe o tema Democracia e Saúde, trabalhando três eixos: Saúde como Direito, Consolidação do SUS e Financiamento Adequado do SUS.

Referência histórica

A 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª+8) é organizada pelo CNS e realizada pelo MS. Considerada o maior espaço de participação social do Brasil, o evento reúne mais de cinco mil pessoas de todo o país para propor melhorias ao Sistema Único de Saúde (SUS), sendo um resgate à 8ª Conferência, realizada em 1986, responsável por definir as bases para construção do SUS na Constituição de 1988.

DF marcou presença

Os representantes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal marcaram presença na Conferência. Entre eles o secretário-adjunto de Gestão da pasta, Sérgio Costa, que participou da abertura, no domingo (8), e do encerramento do evento. Ele também cumprimentou os delegados eleitos nas conferências regionais das sete regiões de Saúde do DF.

De um total de 332 delegados, 68 deles foram escolhidos, dos quais 34 representantes de usuários, 17 de trabalhadores e outros 17 de gestores. Um deles é o delegado gestor Paulo Azevedo, da Delegação do DF. Para ele, os principais objetivos dos debates da conferência são garantir a saúde como direito, consolidar os princípios do SUS e criar financiamentos para manter o sistema.

PIS

As Práticas Integrativas em Saúde (PIS), oferecidas no DF, tiveram uma atenção especial na conferência. Na sala Neide Rodrigues, dentro do pavilhão, voluntários e servidores da Gerência de Práticas Integrativas em Saúde (Gerpis) da Secretaria de Saúde promoveram diversas práticas para os participantes do evento. Entre elas, meditação, reiki, acupuntura auricular, terapia de redução de estresse (TRE) e automassagem.

“Foi uma tenda de cuidados, onde a Secretaria de Saúde participou oferecendo as práticas integrativas por meio de voluntários e servidores, que já são os facilitadores na ponta”, explicou a referência técnica distrital em Automassagem da Gerpis, Patrícia Falcão.

Um desses servidores é a técnica em saúde bucal Elizabete Adelaide, responsável por atividades de meditação e aromaterapia. “O aroma ajuda a entrar no estado meditativo. Apesar de ser pouco tempo de prática, ajuda a relaxar, e também passei algumas orientações para as pessoas fazerem isso em casa”, conta.

Da Redação do Agenda Capital / CNS

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