Por Dr. Cid Carvalhaes*
Crepúsculo, cair da tarde, surgir da noite. Período do chamado lusco-fusco. Parafraseando Machado de Assis, ‘entre saída’ à tarde, ‘entre entrada’ a noite. Dias mais curtos, surgem suas claridades por volta das 6h30 e se vão em torno das 18hs, encerrados num inverno com fortes características de verão.
Até a natureza se traveste obedecendo aos ditames dos tempos. Sinal dos tempos, literais. Calor no inverno, frio em épocas não usuais, tempestades intensas, tornados, secas no Sul, ventos uivantes trazem sibilares incompreensíveis.
Entender fenômenos naturais é difícil, porém, ações predatórias do homem, este ser ‘irracional’, nos leva a interpretar certas situações.
Lixos inorgânicos descartados ao acaso. Lixões se avolumam nas periferias das cidades. Poluição atmosférica por meios diversos. Desmatamentos desmesurados desde muito e muito tempo, porém, intensamente acentuados nos 2 ou 3 últimos anos, à custa de iniciativas inescrupulosas da perseguição de lucros fáceis.
Apologia ao agronegócio com imposições de sacrifícios a população indígena e, muito mais, destruição da natureza. Incêndios criminosos, dizimação da flora e fauna com o beneplácito contemplativo das autoridades responsáveis. Aí está a grande incógnita desvendada com devidos cuidados para preservação do meio ambiente. Observadas essas situações compreendem -se a revolta da natureza.
Vamos preservá-la! Preservemos nossa existência.
*Dr. Cid Célio Jayme Carvalhaes – Médico neurocirurgião, advogado e escritor. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Presidente do Conselho Deliberativo da SBN, Presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo e Presidente da Federação Nacional dos Médicos. Especialista no Direito Médico e da Saúde e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Direito da Escola Paulista de Direito. É Colunista do Agenda Capital.
(As opiniões dos nossos colunistas não refletem necessariamente a linha editorial do Agenda Capital)
