Por Miguel Lucena*

A esquerda brasileira, ciosa em relembrar a todo instante os anos de intervenção militar no país, mantém-se silente diante da ditadura implantada pelo “companheiro” Nicolás Maduro na Venezuela.

A imprensa informa que, na madrugada desta terça, integrantes da polícia política “Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) da Venezuela” invadiram as residências de Leopoldo López e Antonio Ledezma, que estavam em regime de prisão domiciliar, e os levaram à força para local desconhecido.

Ainda durante a madrugada, o deputado Luís Florido avisou o governo brasileiro por telefone, enquanto familiares das vítimas e outros líderes de oposição denunciavam o sequestro e responsabilizavam Maduro pela integridade física de Leopoldo López e Antonio Ledezma.
O silêncio ou o apoio ao regime ditatorial implantado, com a supressão dos poderes do parlamento, segue a lógica do juízo moral relativo: os fins (a destruição da riqueza e a socialização da pobreza) justificam os meios (fome, mortes e o assassinato da liberdade).
O passo seguinte é inventar conspirações internacionais, com a “conivência dos opositores internos”, para justificar a eliminação dos que não rezam na cartilha do regime.
Foi assim em todos os países  onde o autoritarismo substituiu a democracia.
Lutemos para que o relativismo moral não seja transposto para o Brasil. A liberdade é o nosso valor supremo, inegociável, e não deve se submeter às patologias humanas.
*Miguel Lucena é Delegado de Polícia Civil do Distrito Federal, jornalista e colunista do Agenda Capital

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