Por Dr. Cid Carvalhaes*
Chegou o mês de Março! Mês 3, ano 2020. Avançamos nos dias. Verão finalizando, Brasil reativa atividades depois do carnaval. Tudo se repete, em lógica sequência anual. Fevereiro de intensas chuvas, algumas delas, graves intempéries da natureza.
“São as águas de março fechando o verão, são promessas de vida no meu coração. É pau, é pedra é o fim do caminho”. O cancioneiro romântico foi fantástico, verdadeiro profeta. De fato, às águas de março deveriam lavar consciências, limpar mazelas, deixar espaços para desenvolver inteligências, levar em enxurradas desmandos constantes, misoginias, preconceitos raciais, práticas milicianas, perseguições às comunidades indígenas, desrespeito ao Estado laico, agressões às instituições, violências contra a democracia, enfim, muito mais pau e pedra que qualquer outra alternativa lúcida e coerente.
O mês inicia, tomara virem as águas de março lavando o verão e muitas posturas inadequadas e inconvenientes. Tomara acontecerem muito menos paus e pedras iniciando novos caminhos.
Dr. Cid Célio Jayme Carvalhaes – Médico neurocirurgião, advogado e escritor. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Presidente do Conselho Deliberativo da SBN, Presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo e Presidente da Federação Nacional dos Médicos. Especialista no Direito Médico e da Saúde e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Direito da Escola Paulista de Direito. É Colunista do Agenda Capital.
(As opiniões dos nossos colunistas não refletem necessariamente a linha editorial do Agenda Capital)
