A aliança para dar certo, tem que haver lealdade de ambos os lados. Foto: Reprodução

Uma aliança mal sucedida provoca consequências desastrosas na vida

Por Delmo Menezes

Muita gente não sabe o que significa uma aliança. De acordo com os melhores dicionários, uma aliança é um acordo bilateral de obrigação mútua entre as partes. Significa, acordo ou pacto feito entre indivíduos ou grupos de indivíduos. Estar aliançado, significa estar associado a alguma coisa entre indivíduos, partidos, povos ou governos, para determinada finalidade.

Muitas vezes a aliança nos leva a confrontos pessoais, como abrir mãos de projetos, conceitos próprios e particulares. Isso não é fácil. Quando buscamos nossos interesses e esquecemos do coletivo, a tendência é que esta aliança comece a desmoronar.

Quem nunca ouviu falar de quebra de aliança no meio político? Dificilmente se passa um dia em que não haja anúncio na imprensa referente à criação ou à dissolução de uma aliança estratégica, partido político ou mesmo uma autoridade pública.

Existem pessoas fazendo pacto com Deus e com diabo. Isso nunca deu certo. Você não pode servir a dois senhores. Uma aliança mal sucedida provoca consequências desastrosas na vida. Está escrito: “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro“. (Mateus 6:24).

Se formos trazer para o campo político, logo perceberemos que tem muita gente fazendo alianças com pessoas erradas. A aliança para dar certo, tem que haver lealdade de ambos os lados. É aí que começam os problemas. Muitos quebram a aliança e no futuro pagam um preço muito alto.

Nem sempre a quebra de uma aliança significa que a pessoa foi infiel ou não cumpriu com sua palavra. As vezes o afastamento se faz necessário para evitar danos maiores.  

Os melhores articuladores políticos sabem muito bem como restaurar uma aliança e isso requer desprendimento, altruísmo, desapego. Se as coisas andam bem, cada um cumprindo com o que foi acordado, não custa nada ser fiel.

No Brasil, geralmente, os interesses políticos ou ideológicos ficam de lado quando se faz uma aliança pensando única e exclusivamente em se dar bem. É muito comum vermos alianças entre partidos com orientações totalmente diversas, o que confunde o eleitor.

Temos percebido ao longo dos anos, pessoas que entram na política até com boas intenções, porém no decorrer de sua trajetória começam a fazer alianças espúrias, que vão jogar por terra, todo um trabalho que poderia ser glorioso no sentido de alcançar o ápice da vida pública. No futuro serão sempre lembrados como corruptos.

Uma aliança mal-sucedida, provoca consequências desastrosas na vida de uma pessoa. “Diga-me com quem andas e eu te direi quem és”. É um ditado antigo, porém se aplica ao que ocorre hoje em dia.


Muitos homens públicos que poderiam ser bem-sucedidos, fizeram péssimas escolhas ao longo de sua vida e caíram. Outros, se meteram na vida alheia, trazendo para si problemas que não eram seus, e passaram a fazer parte desses mesmos problemas.

Os tempos são outros, e isto serve no mínimo para uma reflexão. Articulações mal-sucedidas, são sinônimo de derrotas e o fim de um projeto melancólico.

Delmo Menezes – Gestor público, jornalista, teólogo, secretário-executivo e editor-chefe do portal de notícias Agenda Capital

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