Em setembro de 2015, inspirado por um grupo de amigos que produzem e vendem produtos orgânicos através do Whatsapp, o brasileiro Felipe Neuwald teve a ideia de conectar produtores e consumidores por meio de um aplicativo, removendo os intermediários e entregando assim, o produto mais fresco possível.

Com isso em mente, Neuwald apresentou a ideia para seu amigo e agora sócio, Davi Neves. Juntos começaram a desenvolver a ideia e criaram a startup ZipMesh. Hoje, após análises de mercado, e desenvolvimento de processos de Design Thinking, pretendem faturar 4,7 milhões de dólares no primeiro ano de atividade.

“No momento que tive o insight, pensei na aplicação desta plataforma onde o próprio produtor definia o que ele iria vender e em qual região ele entregaria, mas este modelo se provou inviável quando analisamos que o produtor quer apenas produzir, e não se preocupar com logística e todos os problemas de entregar produtos frescos, em centenas de pontos na cidade. Após isso, definimos que faríamos o processo de marketing, venda e toda a logística, incluindo a coleta de produtos diariamente na fazenda”, diz Neuwald.

A startup nasceu e irá acontecer nos EUA, onde o mercado de orgânicos ultrapassou em 2013 o valor de 27 bilhões de dólares, o que corresponde a quase 40% do mercado mundial, que no mesmo período atingiu 72 bilhões de dólares.

Em janeiro deste ano, a ZipMesh provou seu inovador modelo de negócios e recebeu seu primeiro investimento-anjo, e agora em junho de 2016, um segundo investimento, que juntos somam R$ 850 mil reais, têm colaborado para a startup continuar se transformado, passando por um processo de design de serviços e o desenvolvimento do produto mínimo viável (MVP), que será lançado esta semana.

“Trabalho com produtos orgânicos desde 2012, e esse know-how ajudou muito na hora de formatarmos a startup. Colocamos no papel cada detalhe da ZipMesh, desde o pedido do consumidor, a colheita do produto e a logística de entrega do produto fresco”, diz Neves.

Os produtos disponíveis no marketplace nem sequer foram colhidos no momento que o consumidor faz sua escolha, e o processo logístico é tão eficiente que após o fechamento do pedido, a colheita é feita durante a madrugada, levada ao hub local da ZipMesh e entregue durante a noite. Dessa maneira, o produto comprado é tão fresco que o consumidor o receberá no mesmo dia em que foi colhido.

A startup está com sede em Delaware e escritório em São Francisco, Califórnia, e pretende atingir ainda no segundo semestre mais de 120 mil pedidos na região da Baía de São Francisco, que receberá o primeiro hub da ZipMesh. Além da facilidade de uso e compra, tanto para o agricultor quanto para o usuário, a plataforma pretende gerar um aumento significativo de vendas para os produtores locais e melhorar a saúde e alimentação da população regional.

“Produtos orgânicos estão aqui para ficar e tornar-se a principal forma de consumo em uma sociedade consciente. Torna-se cada vez mais urgente criar uma ponte no vão que se construiu entre o campo e a cidade na sociedade moderna. Munimo-nos de conhecimento tecnológico, sem idealismo ou retrocesso, para entender todo processo industrial globalizado e, por meio de mapeamento de necessidades e desejos humanos, criarmos uma nova lógica de consumo focada em desenvolvimento e produção local”, finaliza Neuwald.

Mais informações: http://www.zipmesh.com

Da Redação

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

1 COMENTÁRIO

  1. O êxodo rural está mais presente que nunca em nossas vidas, a família rural saiu do campo e isso é fato em todo o desde o engano da revolução industrial, quando foram prometidos falsos benefícios de ter um emprego e viver na cidade.

    Hoje nosso grande desafio – e objetivo – é combater o êxodo rural e trazer de volta as famílias para o campo de maneira digna, por meios de incentivo à produção rural, formando assim um maior número de agricultores familiares. O único problema é que o homem, depois de experimentar a vida na cidade, não quer mais ter como sua única amiga a enxada. É aí que nós entramos.
    Com acesso à informação, o novo agricultor familiar tem os mesmos benefícios dos grandes latifundiários, ou seja, a tecnologia e o conhecimento andam ao seu lado, e não somente a enxada e o financiamento do plantio, colocando em risco suas terras ano após ano, colheita após colheita.

    Com uma nova visão, o fazendeiro Rogerio Festa, da FAZENDA PROAGRO ( http://fazendaproagro.com.br ) acredita que o agricultor familiar moderno não precisa mais da enxada como parceira, mas sim de um engenheiro agrônomo, um economista, um administrador, enfim, profissionais que juntos possam extrair o máximo da terra com o melhor custo benefício, maiores rendimentos de maneira orgânica e consciente. É isso que a FAZENDA PROAGRO oferece.

    “Somos a geração saúde e podemos fazer a diferença trazendo o homem de volta ao campo de maneira digna e moderna, desta vez com acesso à internet, um mundo de informações e apoio da tecnologia e estudiosos do ramo, garantindo um cultivo seguro, protegido com agricultura orgânica e sintropia da natureza.”, disse Rogerio Festa.

    Na cidade de Almería, na Espanha, tudo é cultivado em estufas, e de lá vem todo nosso suporte técnico para trazer ao Brasil o melhor do agronegócio em cultivo protegido do planeta.

    A Fazenda Proagro é o mundo dos agronegócios para o pequeno agricultor, hoje somos 531 famílias no campo, amanhã seremos 5 milhões.
    O mundo dos agronegócios ao alcance de todos.

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