Da Redação

Em assembleia realizada pela categoria, os vigilantes decidiram, por unanimidade, entrar em greve geral com efeito imediato. A categoria não aceitou a proposta do sindicato patronal de implantar o vigilante horista no Distrito Federal.

“Por causa das provocações, da picaretagem, do desrespeito com que trataram os vigilantes, a nossa proposta é greve geral no DF”, declarou o deputado Chico Vigilante (PT) momentos antes da votação que decidiu os rumos da paralisação.

A paralisação geral foi decretada após meses de uma conturbada negociação entre o Sindicato dos Vigilantes (Sindesv) e o sindicato patronal, que insistiu em adotar a modalidade do horista na vigilância privada. A categoria decidiu realizar assembleias diárias para monitorar a evolução das paralisações.

Para o distrital Chico Vigilante, a categoria negociou até aonde pode e, como os patrões estavam irredutíveis na proposta do vigilante horista, não restou alternativa, senão a greve geral com efeito imediato.

“Essa é uma categoria que tem brilho no rosto, coragem, vergonha na cara e não tem medo de patrão. É uma categoria que não se dobra e não aceita picaretagem”, discursou o parlamentar sob aplausos e gritos de ordem dos companheiros vigilantes.

Na avaliação do deputado, caso fosse adotado o vigilante horista, cerca de um terço dos vigilantes do DF correriam o risco de serem demitidos, além do fato do horista ganhar bem menos do que o vigilante mensalista.

“Estávamos negociando desde outubro e os empresários insistiram nessa ideia absurda. Nos Estados onde foi implantada a figura do horista, existem três pisos salariais. Isso é a completa destruição da categoria. Isso a gente não aceitou”, completou.

O secretário-adjunto foi informado da possibilidade de greve, momento antes da assembleia, pelo deputado Chico Vigilante.

Negociação tensa

O presidente do Sindicato dos Vigilantes, Paulo Quadros, contou que as negociações foram marcadas por uma intensa queda de braço entre as partes.

Paulo Quadros informou que, meses após o início de uma conturbada e exaustiva negociação, com intermediação do Ministério Público do Trabalho, os vigilantes fizeram valer a luta deles, ao dizer “não” ao horista no DF e decretarem por unanimidade a greve geral.

Nas reuniões anteriores, trabalhadores e patrões chegaram a um entendimento para os demais pontos da convenção coletiva da categoria. Entre eles, foi aceita a proposta de reajuste de 6,58% em cima do salário e do ticket de refeição e a manutenção de todas as cláusulas da convenção coletiva de 2016. O acordo também estabeleceu a manutenção das regras em vigor do plano de saúde dos trabalhadores.

Da Redação com informações da Assessoria

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