Carlos Decotelli, ministro nomeado da Educação. Foto: Reprodução

Decotelli alega que não defendeu tese por questão financeira e se defendeu das acusações de plágio e de informações falsas em seu currículo

Por Redação*

BRASÍLIA — Após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro na tarde desta terça-feira (29), o ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli afirmou que continua no cargo. Em entrevista, Decotelli se defendeu das acusações de plágio e de informações falsas em seu currículo. De acordo com ele, pode ter havido “distração” na hora de referenciar citações na sua dissertação de mestrado e todos os créditos de sua formação no doutorado foram cumpridos, o que ocorreu foi “detalhe operacional” em relação à legislação argentina. Ao ser questionado sobre sua permanência no MEC, Decotelli afirmou “sou ministro”.

Segundo Decotelli, Bolsonaro perguntou sobre sua experiência como professor, questões de “detalhe acadêmico”, doutorado e pós doutorado, e do que se trata a estrutura de inconsistência. O ministro explicou que precisava ter retornado à Argentina para apresentar sua tese novamente após adequação proposta pela banca, mas não teve condições financeiras para tal. Ele afirmou que nem a Capes e nem o CNPq pagaram seus estudos.

“Ele (Bolsonaro) queria saber detalhes sobre minha vida de 50 anos como professor. Ele pegou a estrutura dos meus trabalhos no Brasil, queria saber desse lastro de vida como professor. O que eu pretendo, o que tem essa experiência. E ele perguntou essa questão de douturado, pós-doutorado, pesquisa, universidade… Como é essa estrutura de inconsistência. Ele queria saber isso e eu expliquei a diferença entre defender uma tese e cursar os créditos de doutorado”, afirmou Decotelli.

Expliquei a ele a questão de diferença entre defender uma tese e de cursar os créditos de doutorado. A Universidade de Rosário acolheu um grupo de professores da Fundação para fazer o curso de doutorado e ao concluir o curso a universidade entregou um certificado de conclusão de créditos e esse certificado de conclusão a direção da universidade nos entregou. Foi feita uma formatura e a Universidade de Rosário entregou àqueles que tinham concluído o curso de pós-graduação doutorado. Tem uma outra etapa, aqueles que quiserem além de terminar o curso de pós-graduação em doutorado, que quiserem defender a tese, aí eles receberão o título de doutor para validade nas leis argentinas — disse Decotelli.

Decotelli afirmou que não chegou a defender a tese na Argentina por enfrentar dificuldades financeiras. “Ao finalizar o curso, a universidade entregou um certificado de conclusão de créditos. Foi feito uma formatura em Rosário, e entregou (o diploma) para quem tinha concluído o curso de pós graduação e doutorado. Agora, aqueles que além de terminar o curso, quiserem defender a tese, receberão o título de doutor para a validade nas leis argentinas. Ao obter essa característica, tinha de apresentar a tese, e minha tese teve como construção ‘as incertezas entre as evoluções das empresas desde o Século 11, e como reagem em momentos de crise para seguir vivas na estrutura de mercado’. A banca disse que a tese estava muito profunda, para fazer adequações para reapresentar. Foi a recomendação formal da banca. Ao terminar a recomendação, eu precisaria voltar ao Brasil. Todas as despesas, passagem aérea e manutenção foi pessoal, não havia bolsa. O custo operacional particular, com dificuldade financeira, não mais voltei. Houve dificuldade em bancar o aperfeiçoamento. Fiquei com o diploma de crédito concluído”, explicou o ministro.

No final da entrevista Carlos Decotelli afirma: “Sou ministro, tenho trabalhos e vou ficar trabalhando para corrigir as demandas grandes, de Enem, de Sisu”, finalizou.

*Da Redação do Agenda Capital, G1 e CNN

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