“Não houve avanço na reunião de ontem (15) entre o governo do DF e representantes da polícia civil do Distrito Federal”.

Na reunião realizada nesta segunda-feira (15) no Palácio do Buriti, os delegados e policiais civis do DF, ficaram desanimados, diante da negativa do GDF em conceder reajuste salarial a categoria. A categoria solicita a equiparação com o reajuste da Policia Federal, que é uma tradição de muitos anos.

De acordo com o chefe da casa Civil, Sérgio Sampaio, o governo não tem condições de arcar com este compromisso, devido um rombo de R$ 1 bilhão até dezembro. A corporação brasiliense e a Polícia Federal têm o mesmo regime jurídico, a Lei Federal nº 4.878, de 1965. A Polícia Militar é regida pela Lei Federal nº 10.486/2002, que trata da remuneração dos militares.

Segundo o chefe da Casa Civil,  “nós dissemos à Polícia [Civil] que, para prosseguirmos nas negociações e fazermos uma proposta concreta, nós precisaríamos ver primeiro quais receitas conseguiríamos adicionar ao orçamento do DF. A partir daí nós poderemos fazer proposta”, declarou.

sérgio-sampaioSampaio diz que, “seria irresponsabilidade, porque a cidade iria parar. Aí, os serviços mais básicos não vão poder ser atendidos. Para conceder novos reajustes você vai ter que escolher onde vai cortar. Estamos nessa situação. Não há folga”, disse o chefe da Casa Civil.

Para o presidente do Sinpol, Rodrigo Franco, não houve nenhum avanço no diálogo; por isso, haverá entrega dos cargos de chefia. “A partir de hoje (16), a Polícia Civil ficará acéfala, sem comando. Não há motivação nenhuma para os policiais civis desenvolverem as suas atividades. Nós esperávamos um mínimo de avanço. Pelo contrário, houve recuo nas negociações”, concluiu.

sindepo-df.Após o encontro de ontem na sede do Executivo, o presidente do Sindepol, Rafael Sampaio, classificou a discussão como “dura” e disse que a categoria não tinha enfrentado situação parecida em outros anos. Segundo ele, “o governo disse que não tem nenhum centavo para dar reajuste pra gente no ano que vem. O mínimo que a gente esperava seria a manutenção da paridade, que é 37% [parcelados] até 2019.

Na sexta-feira (12), o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, esteve reunido com o presidente em exercício Michel Temer, para apresentar a principal reivindicação da categoria que é a isonomia com a Polícia Federal.

Segundo Rollemberg, “mostramos ao presidente que a polícia civil do DF, além de cuidar da parte de inteligência e investigação, tem também o papel institucional de fazer a segurança das autoridades quando solicitado”.

De acordo com interlocutores, o presidente ouviu atentamente o pleito do governador, porém nada de concreto ficou definido. Ficou de encaminhar a demanda a equipe da área econômica.

A assembleia da categoria está marcada para hoje (16) às 14h, em frente à sede da Polícia Civil do Distrito Federal.

Da Redação do Agenda Capital

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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