Durante visita a Vicente Pires, o presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal, Conselheiro Renato Rainha, e uma equipe de auditores do Núcleo de Fiscalização de Obras do TCDF constataram a baixa qualidade das obras de pavimentação e drenagem pluvial em curso na região administrativa.
O presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Júlio Menegotto, que acompanhava a equipe, prometeu retomar imediatamente a execução de trechos não concluídos no setor de condomínios do Jóquei. Até agora, apenas 30% do projeto foram executados na chamada Gleba 03. “Depois da inspeção que fizemos, também fiz contato com o governador Rodrigo Rolemberg. Ele afirmou que o Governo se empenhará em fazer as correções necessárias”, afirmou o presidente do TCDF, Conselheiro Renato Rainha.
Os representantes das empresas responsáveis pela execução também se comprometeram a corrigir as falhas encontradas pelos integrantes do Tribunal. Na inspeção, ainda estavam presentes o secretário adjunto de Infraestrutura e Serviços Públicos, Maurício Canovas, o Diretor de Urbanização da Novacap, Antônio Coimbra, vários fiscais da Companhia, além de síndicos e líderes comunitários de Vicente Pires.
Na visita à obra, foi constatada degradação precoce dos pavimentos já executados, possivelmente em virtude de problemas na compactação e na qualidade da mistura asfáltica, sendo visualmente identificado o descolamento da brita que compõe o revestimento. A obstrução da tubulação de drenagem com restos de obra também foi observada.
A fiscalização ainda identificou que algumas vias não foram finalizadas por falta de definição da largura de vias e calçadas, elementos de projeto que, em princípio, são de responsabilidade da Terracap, segundo informaram os técnicos da Novacap.
Da Redação com informações do TCDF
A pior parte está por vir. Os moradores do Condomínio Renascer, situado na Rua 4, Colônia Agrícola Samambaia, Ch 22, foram surpreendidos com a visita de um funcionário da empresa Seta Engenharia contratada pela bagatela de R$ 45.900,00, conforme Extrato do Contrato nº 08/2016, para execução de pavimentação asfáltica, meios-fios, drenagem pluvial e execução de obras de artes especiais em Vicente Pires – DF (LOTE 04). Referido funcionário foi designado para realizar a topografia da Chácara com a finalidade de construir uma “ponte”. Ocorre que o condomínio fica entre duas chácaras que dispõe de aproximadamente 40 mil metros quadrado. Então, questiona-se: Não seria melhor iniciar pela pavimentação asfáltica, meios-fios e drenagem pluvial, antes de iniciar as chuvas que inundam a cidade? Porque iniciar destruindo o condomínio para construir uma “ponte”? Não seria melhor preservar a segurança e o investimento de infraestrutura custeado pelos 21 moradores do condomínio? Por que não cuidar primeiro do que afeta um maior número de habitantes, ao invés de destruir o que está pronto? Cabe registrar que o funcionário da empresa se apresentou desacompanhado de qualquer preposto do Estado.