O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou hoje (30) reajuste nos preços das passagens de ônibus e metrô. Os novos valores serão os seguintes: de R$ 2,25 para R$ 2,50; de R$ 3 para R$ 3,50 e de R$ 4 para R$ 5, de acordo com o trecho e o modal utilizado. A mudança começa a valer a partir da próxima segunda-feira (2).

“Para garantir que o transporte público continue funcionando sem prejuízos para a população, precisamos adotar uma medida difícil, mas necessária”, informou o GDF, por meio de comunicado divulgado nas redes sociais.

Além do desgaste político, o aumento das tarifas de ônibus e de metrô no Distrito Federal vai parar na Justiça. Na semana que vem, o PSol entrará com uma ação contra o reajuste das passagens. O partido está otimista com a possibilidade de reverter a decisão, depois de uma decisão favorável em Porto Alegre. Na capital gaúcha, o PSol também recorreu ao Judiciário em fevereiro e obteve, em primeira e segunda instâncias, decisões suspendendo a revisão tarifária. “Acreditamos que o aumento é absolutamente abusivo e deve ser fortemente combatido”, explicou o secretário-geral do PSol no DF, Fábio Félix.

Debate no Congresso sobre reajuste dos ônibus

A decisão de Rollemberg de rever os preços das passagens também será debatido no Congresso Nacional. O coordenador da bancada do DF, deputado Izalci (PSDB), vai propor que os parlamentares brasilienses solicitem informações detalhadas sobre as razões do reajuste.

Diesel caiu

Um dos principais insumos do sistema de transporte, o óleo diesel não teve variações de preço ao longo de 2016. Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do combustível em janeiro deste ano era de R$ 3,23. Este mês, o valor médio ficou em R$ 3,20, ou seja, caiu em comparação com o patamar de um ano atrás.

Quase o valor do Entorno

O novo preço das passagens quase vai equiparar a tarifa do Distrito Federal com os valores das viagens interestaduais, entre municípios do Entorno goiano e Brasília. O bilhete mais caro é o da linha entre o centro da cidade e Águas Lindas, que custa R$ 6,10. Entre o Plano Piloto e Luziânia, a passagem custa R$ 5,50, quase o mesmo valor da nova tarifa imposta pelo GDF.

Explicação do GDF

“Estamos cortando despesas ao máximo, mas só isso não garante o equilíbrio das contas. A contribuição precisa vir de todas as esferas. O congelamento do preço das passagens por dez anos, a grave crise econômica nacional e o custo para manter a gratuidade a estudantes, idosos e pessoas com deficiência criaram a necessidade de readequar o preço,” diz o informe.

Ainda de acordo com o GDF, no ano passado as passagens tiveram o primeiro reajuste desde 2006. De lá pra cá, segundo a nota, os salários dos motoristas e cobradores subiram 165%, o preço do óleo diesel teve acréscimo de 77% e a inflação aumentou mais de 90%.

Da Redação com informações do Correio (Helena Mader) e EBC

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