De olho na manutenção do protagonismo político, a Câmara dos Deputados vai emendar o debate da reforma tributária logo após a votação da mudança nas regras das aposentadorias
Por Redação
O presidente da Casa, Rodrigo Maia, já determinou a instalação da comissão especial para debater o relatório do deputado Baleia Rossi e os partidos já podem indicar os 34 membros titulares e os 34 suplentes do colegiado.
A tendência é que os trabalhos da comissão iniciem tão logo a reforma da Previdência seja votada no plenário da Câmara.
Ancorado no discurso de que o governo não tem uma pauta clara para o país e com as deficiências de articulação política do Executivo, Maia está colocando em prática a agenda legislativa que considera conveniente para o país.
O movimento coloca em segundo plano as pautas conservadoras no campo dos costumes, defendidas por Bolsonaro, o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, e mantém a Câmara à frente no debate econômico.
A proposta que estará em análise na comissão especial busca simplificar o sistema tributário, substituindo cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A transição para a substituição ocorrerá em dez anos.
O relator cria ainda o Imposto Seletivo Federal, que incidirá sobre bens e serviços cujo consumo se deseja desestimular, como cigarros e bebidas alcoólicas.
Da Redação com informações da FSB/Inteligência