Audiência na CLDF. Foto: Reprodução

Por Redação

Começa, na Câmara Legislativa, a audiência pública sobre a queda do viaduto do Eixão. Estão presentes o ex-diretor do DER, Henrique Luduvice, o atual Márcio Buzar, o diretor da Novacap, Júlio Menegotto. Os servidores do DER comparecem em peso na sessão realizada no plenário da Casa.

A sessão foi iniciada pelo vice-presidente da Câmara, deputado distrital Wellington Luiz  (MDB), junto com o deputado Raimundo Ribeiro  (PPS). Ambos de oposição. Do lado do governador encontram-se o secretário de Cidades, Marcos Dantas  (PSB) e o administrador regional do Núcleo Bandeirante, Candangolandia e Park Way, Roosevelt Vilela  (PSB).

“Nós queremos saber porque a cidade a cidade está caindo. Principalmente, porque tinha direito e tinha previsão”, afirma o deputado Raimundo Ribeiro. Ribeiro alfinetou o discurso do governador para justificar a queda do viaduto, quando Rollemberg (PSB) mencionou que Brasília estava ficando velha. “Alguém precisa apresentar São Paulo para o governador”, cravou.

Os servidores do DER começaram a participação dizendo que se sentiram injustiçados e penalizados injustamente. O órgão foi responsabilizado pelo governo após o desabamento, principalmente pela exoneração de Henrique Luduvice. Os trabalhadores pedem o esclarecimento dos fatos. O deputado distrital Bispo Renato  (PR ) acaba de chegar no plenário.

O DER conta com mais de mil servidores. A categoria espera que os órgãos de controle apurem as reais responsabilidade pelo erro que prejudicou a cidade como um todo. Os trabalhadores esperam que todos os gestores públicos nos últimos 20, 30 anos fossem identificados e cobrados. Contudo, os trabalhadores acreditam que as investigações não alçaram todos, atingindo apenas os últimos responsáveis na fila dos governos do Distrito Federal.

Os líderes das categorias do DER defendem abertamente Henrique Luduvice. Algumas lideranças passaram a apontar a responsabilidade diretamente para o governador Rodrigo Rollemberg  (PSB). No discurso dos trabalhadores, o Executivo não disponibilizou os recursos necessários para a manutenção e prevenção das obras de arte do DF, que envolvem pontes e viadutos. Os servidores também enfatizaram que a responsabilidade da manutenção do viaduto do Eixão era da Novacap.

O advogado Paulo Goyaz apresentou uma ação civil pública na Justiça responsabilidade sobre a queda do viaduto contra a Novacap. Segundo Goyaz, o processo de manutenção do viaduto do Eixão antes da queda ficou parado 826 dias na empresa pública. Na leitura de Goyaz houve omissão dolosa, inicialmente, pelo ex-diretor de obras e atual chefe do DER, Márcio Buzar, e do diretor-presidente Julio Menegotto.

Da Redação com informações do JBr

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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