Márcio da Mata, diretor do Sindicato dos Enfermeiros do DF e presidente interino do Clube da Saúde do DF. Foto: Agenda Capital

Por Márcio da Mata*

O tema saúde nunca esteve tão presente na discussão política de Brasília como recentemente acompanhamos no processo eleitoral de 2018, em que a pauta dos debates políticos esteve repleta de aspectos que envolviam as dificuldades que o sistema de saúde atual enfrenta cotidianamente. Essa é uma conjuntura nacional que incomoda a todos, associada a fatores de investimento governamental que geram consequências desastrosas, muitas vezes irrecuperáveis, e que interferem de forma direta no desenvolvimento e progresso do país.

A saúde pública prestada aos brasileiros, especialmente em nossa capital federal, não atende de forma suficiente a expectativa do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), no que realmente ele necessita ou minimamente espera. Estamos diante de uma situação de vulnerabilidade extrema do cidadão, que não consegue garantias mínimas de ter atendimento digno e resolutivo diante de qualquer processo de adoecimento que possa vir a ser acometido.

Toda essa condição de instabilidade a que se submete o SUS, principalmente no que se refere às garantias legais de assistência à saúde da população e particularmente ao acesso às ações e serviços de saúde, gerou uma grande movimentação de profissionais da área e usuários do sistema, que tomaram propriedade da situação e passaram a assumir papel protagonista no processo de recuperação da saúde pública e da qualidade dos serviços prestados à população. Esta convergência de ideais que culmina com o que eu chamaria de “onda da saúde”, fez despertar um sentimento de apropriação do problema com a necessidade de participar da solução. Isso gerou de forma positiva e amplamente satisfatória o aprofundamento das discussões das questões ligadas à saúde por parte dos segmentos envolvidos, causando de forma direta e objetiva, mudança no processo político como um todo e particularmente no processo eleitoral, onde fomos testemunhas de votações expressivas dos candidatos ligados ao setor, que se propuseram a fazer de forma direta a defesa do SUS com qualidade.

O gigante acordou!

A defesa da saúde pública passa a ser prioridade número um! Não há como existir sociedade equilibrada e desenvolvida sem que haja investimento suficiente e adequado à saúde. Os trabalhadores de Saúde Pública do DF, sempre foram combativos na defesa do SUS, e reafirmam esse compromisso através dessa demonstração de protagonismo e participação ativa durante o processo eleitoral, seguindo sempre os princípios e diretrizes estabelecidos pelo Sistema Único de Saúde.

Dessa forma, seguimos em frente, pois o SUS somos nós, praticando diuturnamente a defesa da bandeira da saúde pública gratuita e de qualidade. Desenvolvimento e progresso ao sistema público de saúde será sempre a nossa meta, retrocesso jamais!

Saúde, chegou a nossa vez!

*Márcio da Mata – Enfermeiro, servidor público da Secretaria de Saúde do DF, diretor do Sindicato dos Enfermeiros do DF e presidente interino do Clube da Saúde do DF.

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