Hospital de Huoshenshan, construído em 10 dias, tem 25 mil metros quadrados e deve entrar em operação nesta segunda (3). — Foto: Chinatopix/AP

Segundo informações da imprensa local, o hospital ocupa uma área de 25 mil m² e possui mil leitos. A equipe médica será composta por 1.400 agentes de saúde das forças armadas

Por Redação*

Começam a operar nesta segunda-feira (3) em Wuhan, epicentro da crise, unidades hospitalares construídas especialmente para o tratamento de doentes infectados pelo coronavírus. Um dos empreendimentos ficou pronto em 10 dias e possui 1.000 leitos.

A construção começou no dia 23 de janeiro e está localizada no distrito de Caidian – que também abriga o Sanatório dos Trabalhadores.

Segundo informações da imprensa local, o hospital ocupa uma área de 25 mil m² e possui mil leitos. A equipe médica será composta por 1.400 agentes de saúde das forças armadas, dentro dos quais estão membros do exército, da marinha e da força áerea chinesa.

Foto desta quinta-feira (30) mostra canteiro de obras do Leishenshan, novo hospital de Wuhan, na China, com capacidade para 1,3 mil leitos que atenderá pacientes com o novo coronavírus — Foto: Xiao Yijiu/Xinhua via AP

Para erguer o Hospital Huoshenshan em apenas dez dias, os operários trabalharam em turnos nas 24 horas do dia. Estima-se que cada um deles recebeu US$ 173 por dia, valor que é três vezes acima do que os trabalhadores da categoria costumam receber no país.

Além do Huoshenshan, outro hospital também está sendo construído em Wuhan. O Leishenshan – cuja obra pode ser acompanhada em tempo real no YouTube -, vai ter espaço para 1.600 leitos. A expectativa é de que os trabalhos sejam concluídos na próxima quarta-feira, 5.

Vale lembrar que esta não é a primeira vez que a China responde com prontidão a uma ameaça de saúde. Em 2003, durante a epidemia de Sars (Síndrome Aguda Respiratória Grave), o governo do país asiático surpreendeu a comunidade mundial ao construir um hospital em Pequim em apenas sete dias.

Até o momento, a doença já causou 305 mortes e deixou mais de 14 mil infectados pelo mundo, sendo que o primeiro caso de morte fora do país asiático aconteceu na madrugada deste domingo, nas Filipinas.

Cerca de 4 mil trabalhadores se revezaram em três turnos para terminar o hospital Huoshenshan — Foto: Chinatopix/AP

E em meio ao surto de casos, o governo brasileiro anunciou, também neste domingo, que vai repatriar os cidadãos que estiverem em Wuhan. A decisão foi tomada após um grupo publicar um vídeo pedindo ajuda do Brasil, para conseguir deixar a China. No entanto, o local para onde eles serão levados, até que seja cumprido o período de quarentena, ainda não foi informado.

Autoridades chinesas reportaram no fim de semana que estão confirmados 17.205 casos da doença e que um total de 361 pessoas morreram.

No Brasil, há 16 suspeitas de infecção sendo investigadas.

*Com informações Conteúdo Estadão

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