Ciro Gomes. Foto: Reprodução

Candidato a presidente pelo PDT afirma que ‘elite tutela a crítica a Jair Bolsonaro’, em um ‘despotismo esclarecido’

Por Redação

Ao afirmar que as agências reguladoras se tornaram “antro de ladroeira, de corrupção” e estão “emparelhadas de politiqueiros”, o candidato Ciro Gomes (PDT) disse que sua “tentação é fechá-las“.

“Eu não sei se vou fechar, vou convocar o empresariado brasileiro para a gente discutir”, afirmou, defendendo uma gestão “técnica e profissional” caso sejam mantidas, afirmou o presidenciável.

Ciro mencionou a Anvisa (vigilância sanitária), a Aneel (energia elétrica e a Anatel (telecomunicações).

Em palestra na Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base) nesta segunda-feira (20), em São Paulo, o pedetista afirmou que é preciso “chamar o velho BNDES de volta” para financiamentos, “não na política de campeões nacionais, que virou clientelismo e ladroeira”.

O candidato aproveitou a ocasião para alfinetar seus adversários. Afirmou que Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) mentem quando falam de teto de gastos. Disse que nem Jair Bolsonaro (PSL) entende o fenômeno que representa.

“A gente pode ir rindo, mas ele está no primeiro lugar nas pesquisas. Por quê? Porque a nossa elite resolveu inclusive tutelar a sociedade brasileira na crítica a Bolsonaro”, disse.

“Ele vai num telejornal desses, as pessoas vão lá mostrar que ele é homofóbico. Ora, ele está aí porque é homofóbico. Vão mostrar que ele é misógino. Ora, ele está aí porque é misógino. Vão mostrar que ele detesta esse negócio de cota para negro e gay. Ora, ele está aí por causa disso”, afirmou. “Então fica esse despotismo esclarecido.”

Sobre Alckmin, o pedetista afirmou, quando sugere simplificar cinco impostos em um só, o IVA, o tucano se contradiz, segundo Ciro, porque quando era governador se posicionou contra a mudança.

Ciro voltou a dizer que o governo paulista fez acordo com a facção criminosa PCC, o que o tucano nega. “Está documentado isso”, declarou. “Tem depoimento de um delegado.” Questionado pela Folha sobre quais documentos sustentam sua afirmação, ele disse para a repórter “deixar de ser preguiçosa e olhar no Google”.

Em 2015, um delegado afirmou que o governo chegou a um consenso durante os ataques do PCC em 2006, mas o acordo nunca foi confirmado.

Sobre Meirelles, Ciro disse ser muito exótico ele guardar seu dinheiro “em paraíso fiscal no estrangeiro, e a nossa imprensa pouco faz caso disso”.

Da Redação com informações da Folha

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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