Audiência Pública na Câmara Legislativa do DF. Foto: Carlos Gandra/CLDF

Por Redação

O acúmulo de lixo em comerciais das entrequadras e a deficiência nas coletas de vidro e de lixo verde em quadras residenciais do Plano Piloto foram os principais problemas expostos por prefeitos e conselheiros comunitários que participaram de audiência pública na tarde desta segunda-feira (25) em plenário. O mediador do debate sobre a coleta de lixo nas asas sul e norte, deputado Chico Vigilante (PT), comprometeu-se a realizar nova audiência na segunda quinzena de agosto, desta vez para apontar soluções integradas às demandas apresentadas hoje.

De acordo com o conselheiro comunitário da Asa Norte, Sérgio Bueno, há “extrema benevolência da Agefis na fiscalização do lixo produzido por lanchonetes e restaurantes”. Segundo Bueno, o lixo transborda dos containers. Uma fiscalização rigorosa sobre o acondicionamento e coleta de lixo nas comerciais das entrequadras foi a cobrança feita pela prefeita da quadra 210 Norte, Gorete Lima. ” Os containers estão sempre lotados com resíduos derramando no chão; baratas e ratos passam atrás de restaurantes”, relatou, ao complementar que se trata também de uma questão de saúde pública.

A coleta de vidro e de lixo verde – aqueles gerados pelas podas de árvores e plantas – é outra reivindicação recorrente nas reuniões de prefeituras de quadras, de acordo com o conselheiro comunitário, José Daldegan. Ele sugeriu ação conjunta entre a Novacap, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e a Administração de Brasília para o serviço de coleta de lixo verde, o qual, segundo ele, é “esporádico, aleatório e desordenado”. Daldegan, assim como outros conselheiros que participaram da audiência, sugeriram ações integradas em quadriláteros para a coleta de lixo verde e de vidro. Desse modo, um quadrilátero que reúne, por exemplo, as quadras 209, 210, 409 e 410 teria um dia fixo para coleta desses dois tipos de resíduo. “Assim, as quadras poderiam se programar; é uma questão de conscientização e cultura de integração”, considerou.

Embalagem de vidro – A coleta e reciclagem de embalagens de vidro é uma obrigação das empresas, alertou o diretor adjunto do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Paulo Celso Gomes. Segundo ele, empresas como a Coca-Cola e a Ambev são responsáveis pela logística reversa. Ainda de acordo com Gomes, o setor produtivo brasileiro precisa assumir essa tarefa, mesmo porque, em outros países, as empresas que executam a logística reversa são as mesmas que não querem assumir essa responsabilidade no Brasil. Nesse sentido, o deputado Chico Vigilante (PT), lembrou proposta de sua autoria que sugere o uso das embalagens retornáveis (PL 1.451/2017).

Sobre os lixos produzidos por restaurantes e lanchonetes, Paulo Gomes citou, como boas iniciativas, o projeto “É Cozinha”, em que restaurantes se uniram e fizeram a gestão de resíduos. A respeito do lixo verde, o diretor alegou que há um projeto em andamento para a instalação de containers verdes nas quadras do Plano Piloto, localidade que tem os melhores índices de coleta seletiva da capital, com quase 13%.

Educação – A subsecretária de Educação Ambiental e Resíduos Sólidos, Elisa Meirelle, disse que o governo está comprometido com a coleta seletiva e uma das metas é a adesão dos cidadãos, que devem fazer a coleta nas próprias residências. “Queremos promover a coleta seletiva nas escolas e levar essa educação para dentro das casas”, disse.

Já a analista de políticas públicas e gestão da Administração de Brasília, Dinalva Terrão, disse que a audiência foi uma oportunidade para ouvir os prefeitos de quadra. “A comunidade realmente ficou de fora dos projetos da Administração”, afirmou, ao garantir que a Administração de Brasília irá promover mudanças. “Podemos desenvolver um trabalho de conscientização para a coleta de lixo nas comerciais e também em relação à coleta do lixo verde”, declarou.

Da Redação com informações da CLDF

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