A crise da saúde provocada no Rio de Janeiro pela instalação das Organizações Sociais (OS) é fichinha perto do que ocorre atualmente em Goiás. A Idtech (Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano), OS que administra o HGG,  ainda não pagou o salário de janeiro dos profissionais de saúde celetistas. Tão grave quanto isso é a informação trazida pela Rádio Difusora, anunciada pelo jornalista Laerte Marques Póvoa Júnior, de que o HGG está reduzindo cirurgias, fechando alas inteiras da UTI e proibindo internações noturnas.


Segundo Laerte, a ala D da UTI do HGG está sendo fechada e, as internações, proibidas. Há também, segundo ele, redução pela metade de cirurgias e a proibição de internações noturnas. O HGG também não pagou a lavanderia e os pacientes estão usando roupas sujas. Só em 3 alas visitadas pela reportagem da Difusora já são 42 leitos vazios. Tudo isso tem um culpado: o governador Marconi Perillo (PSDB). Os atrasos nos repasses do Estado para as Organizações Sociais já somam R$ 103 milhões e não param de subir.

Quem tem o maior valor a receber do Estado é a Associação Goiana de Integralização e Reabilitação Henrique Santillo (Agir), responsável pela gestão do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol), na região noroeste de Goiânia. No total, o governo deve à Agir mais de R$ 29 milhões. O que ajuda a explicar o fato de o Hugol atender menos de 100 pacientes por dia, um número irrisório que qualquer Cais da Prefeitura de Goiânia supera facilmente.

Fonte: Goiás Real

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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