JSX31. New York (United States), 14/04/2018.- Members of the United Nations Security Council vote on a resolution during a meeting on the situation in Syria at United Nations headquarters in New York, New York, USA, 14 April 2018. (Siria, Nueva York, Estados Unidos) EFE/EPA/JASON SZENES

Por Redação

Em reunião de emergência, o Conselho de Segurança da ONU rejeitou hoje (14) uma resolução apresentada pela Rússia para condenar o ataque lançado nas últimas horas contra a Síria por Estados Unidos, Reino Unido e França.

A minuta da resolução da Rússia afirmava que o ataque representa uma violação ao direito internacional e à Carta das Nações Unidas e pedia às três nações que evitassem, no futuro, o uso da força contra o regime de Bashar al Assad.

O texto também expressava a “grave preocupação” pela “agressão” contra a soberania territorial da Síria e solicitava à comunidade internacional que permitisse os trabalhos de uma equipe de especialistas que chegou hoje ao país para investigar denúncias sobre o suposto uso de armas químicas, em ataques ocorridos no último dia 7 de abril.

Para o presidente Vladimir Putin, o ataque foi um “ato de agressão”, deixando claro na ONU que consideraria a iniciativa como uma violação das regras internacionais e com repercussões militares. No Conselho de Segurança, o embaixador russo, Vassili Nebenzia, apresentou um texto para votação no qual falava de uma “condenação à agressão” contra a Síria. O projeto ainda pedia o fim “imediato” de qualquer operação.

Para o Kremlin, o Ocidente comete “hooliganismo diplomático”, promove um “desdém cínico” ao ignorar o Conselho de Segurança e “chorava lágrimas de crocodilo” pelas vítimas sírias.

O documento só conseguiu o apoio de três representantes do Conselho (Rússia, Bolívia e China), enquanto quatro se abstiveram (Peru, Cazaquistão, Etiópia e Guiné Equatorial).

Votaram contra os demais integrantes (EUA, Reino Unido, França, Suécia, Costa do Marfim, Kuwait, Holanda e Polônia). Para ser aprovada, uma resolução do Conselho de Segurança da ONU precisa de nove votos a favor e nenhum veto pela Rússia, China, França, Reino Unido ou Estados Unidos, países com direito a veto.

A votação aconteceu na parte final de uma reunião do Conselho de Segurança convocada com urgência para analisar a situação na Síria, após o ataque das últimas horas realizado pelos EUA e seus aliados.

Nos bastidores, a ONU teme que o ataque, ainda que tenha sido focado, possa abrir uma caixa de Pandora no Oriente Médio, acionando diferentes alianças e obrigando grupos específicos a dar respostas locais para reforçar seus controles em diferentes regiões. O resultado, segundo pessoas próximas à cúpula da ONU, seria a transformação do território sírio em um terreno de combate entre as potências, com um impacto para além de suas fronteiras.

De acordo com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, foram lançados 105 mísseis contra alvos supostamente relacionados à produção de armas químicas.

Da Redação com informações da  EFE, EBC e Agências de notícias

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