EDILSON RODRIGUES/AGENCIA SENADO

Nelsinho Trad é um dos quatro membros da comitiva contaminados

Por Redação*

Primeiro parlamentar diagnosticado com o novo coronavírus, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) teve uma rotina intensa no Congresso antes de saber que estava infectado com Covid-19. Participou de audiências com senadores, de reuniões com ministros e da sessão que derrubou o limite da renda familiar per capita para acesso ao benefício de Prestação Continuada (BPC), com outros 498 parlamentares.

– Eu abracei meio Congresso. Você entra, vindo de uma viagem internacional, e acaba abraçando os caras. Estive com Rodrigo Maia, com Davi Alcolumbre, com Paulo Guedes, com Mandetta, com Ramos, numa reunião em que falei que deveriamos tomar providência. Não precisamos esperar morrer um para depois fazer o que tem de fazer – afirmou Trad, referindo-se aos ministros da Economia, Saúde e Secretaria de Governo.

Presidente da Comissão de Relações Exteriores, Trad presidiu a reunião da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (CPCMS) no Senado. Ele também esteve com o embaixador da Síria, Mohamad Khafif.

O senador acredita que foi infectado na aeronave presidencial. Ele integrou a comitiva do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos e diz ter vindo sentado na poltrona à frente do secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, que foi diagnosticado com Covid-19. Mais dois membros da comitiva testaram positivo: o encarregado de negócios em Washington, Nestor Forster, e a advogada Karina Kufa.

– Tenho certeza que peguei no avião. Eu estava no banco “um” e ele (Fabio) no “dois”, logo atrás de mim. Qualquer tossida ou espirro dele vinha na minha nuca. Do lado dele estava o Filipe Martins (assessor especial da Presidência, que teve resultado negativo) – disse Trad, lembrando que Fabio tinha sintomas de gripe.

Trad decidiu fazer exame após a confirmação positiva de Wajngarten. Num vídeo divulgado nas redes ontem, ele agradeceu “as manifestações de carinho” e disse estar em isolamento na sua residência, em Brasília.

– Comecei a sentir os sintomas leves de uma gripe três dias depois da viagem. Estou seguindo aquelas orientações básicas que a avó da gente fazia quando tinha hepatite, de não misturar copos. Quando pintava com esmalte o copo e o talher, para não misturar com o dos outros – contou.

O senador conversou com Alcolumbre sobre o risco de o vírus se espalhar no Congresso. Os plenários da Câmara e do Senado são ambientes fechados, sem janelas. Também submetido a teste, o resultado de Alcolumbre deu negativo.

*Fonte: O Globo

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