Pequim, com seus mais de 20 milhões de habitantes, já pune uma série de comportamentos como cuspir em público, jogar lixo na rua, passear com cães sem coleira ou fumar em locais onde é proibido | Foto: Nicolas Asfouri / AFP / CP

Espirrar ou tossir sem tapar o nariz ou a boca e não usar uma máscara em público em caso de doença fazem parte da nova lista de infrações

Por AFP

A partir de 1º de junho, Pequim proibirá uma série de comportamentos considerados “não civilizados” para melhorar a higiene em locais públicos em meio à pandemia de coronavírus, informou a prefeitura da capital chinesa. A China, com oficialmente cerca de 82 mil casos de infecção e 4.632 mortes por Covid-19, foi o primeiro país afetado pela pandemia.

Espirrar ou tossir sem tapar o nariz ou a boca e não usar uma máscara em público em caso de doença fazem parte da nova lista de infrações na capital chinesa.

Os cidadãos também terão que “vestir-se adequadamente” em público e não poderão passear pela cidade com torso nu – uma aparente referência à prática conhecida como “biquíni de Pequim” quando, no verão, muitos homens costumam passear de barriga a mostra e camisa enrolada. O novo regulamento também prevê demarcações para manter o distanciamento social em locais públicos.

Pequim, com seus mais de 20 milhões de habitantes, já pune uma série de comportamentos “não civilizados”, como cuspir em público, jogar lixo na rua, passear com cães sem coleira ou fumar em locais onde é proibido.

Mas, na prática, as proibições nem sempre são respeitadas e alguns hábitos não desapareceram completamente. As últimas regras – adotadas na sexta-feira – pedem à polícia que denuncie violações graves, pois podem afetar o “crédito social” de uma pessoa.

Nos últimos anos, a China começou a introduzir diferentes sistemas de “crédito social” que atribuem pontos a cidadãos “bons”, mas podem impedir que cidadãos “ruins” entrem em um trem, avião ou até reservem um hotel. O metrô de Pequim anunciou em maio do ano passado que havia começado a remover pontos de passageiros que comiam dentro das estações. 

Com informações da Agência France-Presse

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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