Aos poucos, a campanha do ex-presidente Lula vem ganhando solidez nas igrejas evangélicas

Com Bruna Lima

Lula está entrando, aos poucos, nas igrejas evangélicas. O movimento se dá em duas frentes: seu interlocutor oficial com os cristãos, Paulo Marcelo Schallenberger, e projetos liderados por pastores independentes que se posicionam contra Jair Bolsonaro.

O pastor Henrique Vieira, do Rio de Janeiro, importante voz da esquerda entre os evangélicos e a classe artística, criou, junto de outras lideranças evangélicas do país, a campanha “Derrotar Bolsonaro é um ato de amor”.

“Quando a gente repete que toda a comunidade evangélica está com Bolsonaro, a gente acaba transformando esse discurso em uma realidade que não existe. Há muitas pessoas cristãs que não concordam com o governo e querem mudar essa realidade”, disse o pastor à coluna.

O projeto tem o objetivo, segundo Vieira, de levar o debate político da esquerda para o mundo evangélico e desconstruir a ideia de que todo cristão é a favor de Bolsonaro. Pastores de igrejas de todo o Brasil já aderiram à campanha e participam dos grupos de discussão que acontecem semanalmente.

O eleitorado evangélico foi decisivo para Bolsonaro se eleger em 2018. Na última pesquisa Datafolha para as eleições deste ano, Bolsonaro aparece com 46% de votos entre os evangélicos, enquanto Lula aparece com 44%.

Para Vieira, esta é a prova de que o ex-presidente petista não é tão rejeitado na comunidade cristã.

“Bolsonaro e seus aliados querem que todos acreditem que Lula não tem entrada nas igrejas evangélicas”, frisou o pastor.

A campanha do PT vem tentando se aproximar de lideranças evangélicas para conseguir solidez no eleitorado cristão, principalmente no Rio de Janeiro. A tarefa é considerada, dentro do PT, como um “trabalho de formiguinha”, uma vez que Lula não conta com apoio de grandes líderes evangélicos, como Bolsonaro.

Com Metrópoles 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here