Foto: Reprodução

Denisse Ribeiro alegou risco à estabilidade das instituições e pediu postergação de operação em inquérito

Por Marcelo Rocha*

A delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro, da Polícia Federal, tentou barrar a operação de busca e apreensão contra apoiadores e deputados bolsonaristas suspeitos de envolvimento em atos antidemocráticos.

Denisse alegou risco desnecessário à estabilidade das instituições ao pedir ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, relator do caso, a postergação ou até o cancelamento da ação.

Na terça-feira (16), a PF cumpriu 21 mandados de busca e apreensão solicitados pela PGR (Procuradoria-Geral da República). Entre os alvos, estavam um advogado e um marqueteiro ligados à Aliança pelo Brasil, partido que Jair Bolsonaro (sem partido) tenta criar.

O pedido de Denisse, feito em 4 de junho, foi revelado pelo jornal O Globo e confirmado pela Folha.

“Pela postergação do cumprimento ou pelo recolhimento das ordens já emanadas, a fim de que o direcionamento dos recursos da Polícia Federal seja inicialmente empregado na obtenção de dados de interesse e no preenchimento das diversas lacunas das hipóteses criminais aqui apresentadas”, disse ela no pedido.

A delegada, inicialmente responsável por executar os mandados, enviou a manifestação ao STF uma semana após ter recebido a decisão de Alexandre de Moraes, de 27 de maio. A PGR foi contra.

Folha não consegui contato com a delegada citada. Procurada, a PF não se manifestou. A resistência de Denisse às medidas atrasou a ação contra aliados do presidente e levou a PGR a pedir o seu afastamento do caso.

*Com informações da Folha

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