Foto: Reprodução

Por Leandro Cipriano

Todo 30 de janeiro é reservado à conscientização pelo Dia da Não Violência. Trata-se de uma iniciativa internacional para combater a cultura da violência e estimular a educação para a paz, a solidariedade e o respeito pelos direitos humanos. A data também é uma oportunidade para a população refletir e se sensibilizar sobre como mudar a cultura da violência, seja no trabalho, em casa, bem como em todos os ambientes.

A Organização das Nações Unidas (ONU) lembra, neste dia, o assassinato do líder indiano Mahatma Gandhi, aos 78 anos de idade. E a data foi escolhida, posteriormente, pela comunidade internacional para marcar o Dia da Não Violência.

“É importante sensibilizar as pessoas sobre resolver conflitos de outra forma que não seja a violenta. Trazer esse tema para a discussão é fundamental. Para as vítimas de qualquer tipo de violência, toda a rede de saúde está apta a fazer o acolhimento”, destaca a psicóloga Fernanda Falcomer, gestora de Políticas Públicas do Núcleo de Estudo, Prevenção e Atenção à Violência (Nepav).

Ao todo, o Distrito Federal conta com 19 núcleos de atendimento do Programa de Pesquisa, Assistência e Vigilância à Violência (PAV), localizados em hospitais e outras unidades de saúde, como o Adolescentro, e que, ao longo desta semana estão desenvolvendo ações de conscientização.

ACOLHIMENTO – Uma média de 28 mil atendimentos são registrados, por ano, nos PAVs responsáveis por acolher pessoas em situação de violência e trabalhar na prevenção a novos casos.

De acordo com Falcomer, os PAVs desenvolvem atendimento psicológico, médico, de serviço social e alguns ainda têm atendimento em grupo ou individualmente. Na prevenção, também atuam com a mobilização virtual, palestras – inclusive em escolas –, e rodas de conversa, com sensibilização nas salas de espera.

Cada PAV tem um nome de uma flor como forma de exaltar a esperança e o florescimento em meio à dificuldade. O atendimento vai desde crianças até idosos, entre mulheres e homens. “Atendemos tanto as vítimas como também o autor da violência sexual. Isso também é importante e ajuda a quebrar o ciclo da violência”, observa a psicóloga.

As vítimas de violência podem procurar os centros de saúde, onde serão encaminhadas ao núcleo de atendimento de referência. Denúncias podem ser feitas pelo Disque 100.

“É importante ressaltar que as vítimas de violência sexual devem procurar uma urgência ou emergência de UPA ou pronto-socorro hospitalar, em até 72 horas após o ocorrido, para que possam fazer a profilaxia contra doenças sexualmente transmissíveis”, alerta Falcomer.

VIOLÊNCIA NO DF – A Secretaria de Saúde acumulou 8.782 notificações de violência, entre os anos de 2017 e 2018, sendo 3.734 em 2017 e 5.048 em 2018, de residentes ou não no DF, no período de janeiro a dezembro, segundo dados parciais de 7 de janeiro deste ano, do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan/SES-DF).

Em 2018, 76% das notificações de violência (3.844 das 5.048) foram identificadas contra o sexo feminino. A violência interpessoal compreende 66,3% (3.413 das 5.145) do total dos tipos registrados no DF no mesmo ano. Dentre estes, o maior número de registros foi para a violência física (1.340), seguida da sexual (1.078), psicológica (572), negligência e abandono (244), e tortura (79).

Da Redação com informações da Agência Saúde (Leandro Cipriano)

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