Por Delmo Menezes

Começou a corrida para a disputa da presidência da Câmara Legislativa do DF (CLDF), para o biênio 2017/2018. Alguns pretensos candidatos e seus grupos, já começam a se articular nos bastidores de forma mais intensa, a fim de conseguir apoio dos seus pares ao posto mais cobiçado do legislativo.

A CLDF, está passando por uma crise de credibilidade sem precedentes na história do DF. A eleição da nova Mesa Diretora para os próximos 02 anos, terá um papel fundamental, no sentido de resgatar a credibilidade da Casa. Por isso mesmo, é importante que os senhores parlamentares, avaliem com bastante critério, quem irão escolher para comandar a CLDF, pois uma escolha objetivando somente os interesses dos grupos, poderá comprometer ainda mais a imagem da Casa.

Recentemente a Polícia Civil do DF e o Ministério Público, deflagraram a operação Drácon, que culminou com o afastamento de toda Mesa Diretora da CLDF, sobre um suposto esquema de recebimento de propina para liberar emendas e pagar dívidas do GDF com empresas de UTIs. Após dois meses, em uma votação bastante apertada (11 a 10), o Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF, autorizou o retorno dos membros da Mesa, com exceção da presidente Celina Leão.

Alguns nomes começam a despontar como favoritos a corrida a presidência. Entre eles, estão os deputados Agaciel Maia (PR), Joe Valle (PDT), Israel Batista (PV), Wellington Luiz (PMDB) e Raimundo Ribeiro (PPS). Outros até fazem “balão de ensaio” com apoio inclusive da atual Mesa Diretora, sem, contudo, terem quaisquer chances de disputa, por sua atuação parlamentar pífia, e sobretudo pelas atitudes arrogantes.

Neste momento de desgaste político que o país está atravessando, com suas instituições bastantes fragilizadas, é importante levar em conta o interesse público e não o pessoal. Temos sim, condições de resgatar a imagem da Câmara Legislativa do DF perante a população, escolhendo um nome que tenha interlocução com os diversos segmentos da sociedade, que tenha experiência e que olhe primeiramente para os interesses da população.

Se 2016 foi um ano bastante difícil, principalmente pela crise financeira e política que o país está passando, 2017 promete ser ainda pior. Com certeza os embates com o Executivo continuarão, os segmentos organizados permanecerão mobilizados reivindicando aquilo que lhe é de direito e o futuro presidente da Câmara, terá que ter equilíbrio, excelente trânsito com seus pares e parcimônia para conduzir a Casa.

Colocar um neófito a frente do legislativo, é querer que as coisas piorem cada vez mais. Por isso é importante que nossos representantes na CLDF, escolham com sabedoria, aquele que for comandar o legislativo na Capital, deixando de lado os interesses pessoais e olhando para o coletivo.

Da Redação do Agenda Capital

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here