Nesta data (26/08), o deputado Raimundo Ribeiro (PPS/DF) pediu ao desembargador José Divino, relator do processo que investiga o escândalo da saúde, que suspenda o sigilo até então decretado nos autos pelo desembargador-plantonista.

Na visão de Ribeiro e de sua defesa, a suspensão do sigilo tem dupla finalidade: em primeiro lugar, garante a transparência da investigação de fatos gravíssimos, permitindo que a sociedade e a imprensa tomem conhecimento do que restou apurado e documentado até o momento, podendo formar o seu próprio convencimento, o que, a esta altura, não colocaria em risco a operação e atenderia ao interesse público.

Em segundo lugar, garante o preceito constitucional da ampla defesa, permitindo, finalmente, tomar conhecimento do teor da acusação, até mesmo para que possa prestar os devidos esclarecimentos, não apenas à Justiça, nos próprios autos da investigação, mas, também e principalmente, à sociedade, uma vez ciente de que não praticou, no exercício de suas funções como parlamentar, qualquer ato ímprobo ou ilegal.

Ainda na visão de Ribeiro e de sua Defesa, é imprescindível o aprofundamento das investigações, de forma a permitir aos órgãos acusadores a delimitação das condutas criminosas e dos seus verdadeiros autores, se existentes, seja no Poder Legislativo ou Executivo, não se podendo admitir, pura e simplesmente, imputações genéricas e em “bloco”.

Segundo Ribeiro, “creio que o levantamento do sigilo fará com que a sociedade saiba exatamente o que está sendo investigado, os dados levantados e com isso fazer sua avaliação”, concluiu.

Da Redação

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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