Residência Oficial de Águas Claras, Águas Claras, Brasília, DF, Brasil Maria Lourdes Abadia e o governador Rodrigo Rollemberg. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília.

Por Jornal Destack via Contexto Exato

Em 2015, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) tomou posse ao lado do vice Renato Santana (PSD). Na época, a oposição declarada na Câmara Legislativa se resumia ao PT. Quase três anos depois, o chefe do Executivo não cumpre mais agendas junto ao antigo companheiro de chapa e enfrenta instabilidade na base aliada entre os distritais. Agora, Rollemberg se aproxima de parte dos tucanos, causando uma reviravolta que começa a dar forma para as próximas eleições.

Nesta semana a nova integrante do governo, Maria de Lourdes Abadia (PSDB), começa a atuar na Secretaria de Projetos Estratégicos, pasta especialmente criada especialmente para ela.

A cartada do Executivo veio em um momento de fortes críticas ao mandato de Rollemberg, marcado por pautas impopulares como o aumento do valor das passagens e a negativa de reajustes salariais a servidores. A principal atividade do órgão comandado por Abadia será supervisionar o que o GDF chama de “principais projetos”: a urbanização do Sol Nascente, em Ceilândia, e do Buritizinho, em Sobradinho II; a desobstrução da orla do Lago Paranoá e a desativação do lixão da Estrutural – adiada para janeiro de 2019.

Abadia atuou como governadora em 2006 substituindo Joaquim Roriz, então filiado ao PMDB, que deixou o cargo para concorrer ao Senado. É uma das fundadoras do PSDB, e sua aliança com o governo do DF tem o aval da Executiva Nacional do partido, mas enfrenta resistência local de tucanos.

O líder e presidente do diretório regional do PSDB no DF, deputado Izalci Lucas, ameaçou expulsar Abadia da sigla. Depois que ela tomou posse, Izalci desistiu da ofensiva: “Eu vou deixar ela pagar os pecados dela. Na prática, ela não assumiu em nome do PSDB, foi um convite pessoal”, disse. Para o parlamentar, que cogita disputar o governo no ano que vem, Rollemberg está usando dinheiro público para conquistar apoio político. “Está tão escancarado que criou uma secretaria e cargos comissionados especificamente para Abadia, em um momento delicado do DF em que falta tudo nos hospitais, segurança e educação”.

Inicialmente, Abadia ficaria com a Secretaria de Trabalho e Direitos Humanos. A pasta mantinha indicações do PDT, partido que anunciou a saída da base aliada em outubro, após assumir posicionamento contrário ao governo em votações como a criação Instituto Hospital de Base e a reforma da Previdência. O partido pretende lançar candidatura própria em 2018, assim como o PSD, legenda do vice-governador.

Da Redação

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here