O relatório preliminar da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), pede o fim das “Organizações Sociais” no Estado. Para os deputados, é preciso ter um controle melhor das unidades.

O relatório foi feito pelo Comissão de Tributação da Assembleia Legislativa, que analisou as “OSs” que administram Upas e Hospitais do Estado, no período de 2010 a 2015. No ano passado, o estudo sugere que 65,67% das metas estabelecidas, não foram cumpridas. O documento também diz que faltam parâmetros claros, sobre os custos dos medicamentos, gastos com segurança, limpeza, exames laboratoriais e lavanderia, e que não há nenhuma referência de faixa salarial para enfermeiros e médicos.

luiz-paulo-correa-rocha-foto-alrjSegundo o deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB-RJ), presidente da comissão de tributação da Assembleia Legislativa, “há de se balizar faixas salariais, não em um valor só, às vezes a realidade do interior, é diferente da realidade da região metropolitana, com isso, você tem mais previsibilidade dos gastos e um controle maior”, afirmou.

Sobre as UPAs do estado, o relatório pede o fim das “Organizações Sociais”, e sugere que as “OSs”, sejam substituídas aos poucos pela Fundação de Saúde.

Para os parlamentares, a gestão feita pela Secretaria de Saúde, tem mais controle, são médicos que tem sua matrícula e maior responsabilidade. Segundo o deputado Luiz Rocha, “não adianta você colocar uma “OSs” que hoje pode estar prestando serviço, e amanhã não”.

A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro declarou que vai acatar todas as decisões do relatório da Assembleia Legislativa e que se prepara para a implantar a Fundação de Saúde do Estado, que irá administrar Upas e Hospitais.

Da Redação do Agenda Capital

2 COMENTÁRIOS

  1. Isso só que os governos que querem implantar essas organizações sociais, não tem compromisso com a sociedade nem com a saúde pública. Está mais do que provado que não funciona, se tem dinheiro pra Oss, porque não usa-lo prá revitalizar o Sus? O que falta na saúde do Brasil é gestão e fiscalização.

  2. A nossa saúde não é cobaia, ainda mais tendo diversas experiências negativas…
    Por que será que só no DF (Brasília), agora (pois no passado não funcionou), a coisa vai funcionar? Vai funcionar? Todos os indicativos são negativos, é uma tragédia anunciada!
    Eu acredito plenamente que, com uma infinidade de péssimos exemplos, e que em nenhum local onde esse modelo de gestão, através de organizações que se dizem sociais foi implantado, inclusive em outrora aqui no DF, não funcionou de forma satisfatória, ainda deixando um grande rastro de corrupções e processos judiciais.
    Será que com tudo indicando ser uma política ruim, ineficaz, ainda assim nosso Governador irá atropelar as Conferencias de Saúde (9ª Conferência de Saúde do DF, 15ª Conferência Nacional de Saúde), as deliberações do Conselho de Saúde do DF, as recomendações contrárias do MPDFT e do TCDF, os alertas das entidades de representação de classes, os trabalhadores, e os próprios usuários?
    Todo dia é mostrado na imprensa escândalos envolvendo corrupções, situações incorretas envolvendo esse modelo, comprovando ser na prática e na integra muito mais um grande esquema de corrupção do que realmente um modelo com o objetivo de tratar a saúde dos cidadãos!
    Nosso governador descumpriu suas promessas e compromissos de campanha, faltou com a verdade, e ainda teremos que vê-lo de forma truculenta e ditatorial implantar em Brasília o modelo mais corrupto de gestão para a saúde pública?
    Fala sério, no final só quem paga somos nós cidadãos com menos recursos e usuários do SUS, pois nosso governador tem plano de saúde do Senado Federal!
    Saúde não é mercadoria!
    SUS 100% público e estatal: Saúde dever do Estado, direito do cidadão!

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