Entidades representativas realizaram manifestação na UBS de Vicente Pires em apoio a servidora Técnica de Enfermagem que foi agredida pelo propietário do imóvel, que reivindicava prioridade no atendimento. Foto: reprodução.

A ação foi em solidariedade a técnica de enfermagem, Aline, agredida em serviço pelo proprietário do imóvel da UBS de Vicente Pires.

Por Delmo Menezes

O Conselho de Saúde do DF (CSDF), o Sindicato dos Enfermeiros do DF (SindEnfermeiro), e o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do DF (Sindate-DF), fizeram uma manifestação nesta semana em solidariedade a técnica de enfermagem Aline, que sofreu agressão física do proprietário do imóvel onde se encontra A UBS de Vicente Pires.

Os manifestantes se reuniram na entrada da UBS de Vicente Pires. Com uma caixa de som e cartazes, eles pediam respeito e segurança aos profissionais da categoria. O protesto começou às 10h e terminou por volta das 11h30. A Secretaria de Saúde diz que está providenciando reforço na segurança das unidades. 

De acordo com a presidente do Conselho de Saúde do DF, Jeovânia Rodrigues Silva, as entidades representativas não vão se calar enquanto não haja uma apuração rigorosa sobre a agressão sofrida pela servidora. “Servidoras agredidas, das mais diversas formas, em trabalho, tem sido fato recorrente e a Secretaria de Saúde precisa assegurar condições seguras de trabalho”, afirmou Jeovânia.

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Segundo o diretor do Sindate-DF, Newton Batista, “infelizmente são situações que vem ocorrendo de forma corriqueira em todo o DF, e nós não podemos ficar calados frente a estas agressões. Os agressores têm que ser responsabilizados, eles não podem ficar impunes. Exigimos respeito e não vamos mais permitir que isso aconteça com nossos servidores”, pontuou Newton.

Para a presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, este caso que ocorreu na UBS de Vicente Pires não é um problema isolado. “Mesmo com os fatos ocorridos na última semana, não se vê qualquer manifestação por parte do Governo do DF ou da Secretaria de Saúde no sentido de tomar providências, ou mesmo de prestar algum suporte às profissionais agredidas, o que nos leva a questionar qual seria o critério válido para prender uma pessoa que socou o rosto de uma mulher em seu local de trabalho”, disse.

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O deputado distrital e dirigente sindical licenciado do SINDATE-DF, Jorge Vianna, afirmou: “nós não podemos mais aceitar a discriminação, assédio e agressões contra servidores públicos e principalmente as mulheres. Essas pessoas estão no seu trabalho para ajudar a população e não serem agredidas, como ocorreu na UBS de Vicente Pires”, ressaltou o parlamentar.

NOTA DE REPÚDIO SindEnfermeiro

Enfermeira é agredida em UBS de Vicente Pires

O Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF) vem por meio desta nota manifestar total repúdio ao fato ocorrido na manhã de ontem (29) na Unidade Básica de Saúde nº 1 de Vicente Pires – onde uma profissional de Enfermagem foi covardemente agredida no exercício de sua função por um senhor, que desferiu um soco no rosto da trabalhadora após exigir prioridade na fila de atendimento por ser dono do imóvel onde funciona a unidade.

Em menos de dez dias, é o segundo caso em que trabalhadoras da Enfermagem sofreram com agressões feitas por usuários do sistema público em seu ambiente de trabalho. Uma realidade que passa longe de ser atípica, pois são diários os relatos e denúncias de profissionais sofrendo com assédio e o risco iminente de agressão durante o exercício das suas funções.

As unidades de saúde do Distrito Federal possuem, de forma geral, problemas no que diz respeito à segurança dos trabalhadores e até mesmo dos usuários – e este não é um problema recente. No entanto, mesmo com os fatos ocorridos na última semana, não se vê qualquer manifestação por parte do Governo do DF ou da Secretaria de Saúde no sentido de tomar providências, ou mesmo de prestar algum suporte às profissionais agredidas.

Enquanto isso, o responsável pela agressão – bastante conhecido pela população da cidade – saiu pela porta da frente da delegacia, onde foi apenas ouvido e liberado por conta da “idade avançada”, que em nada impediu o gesto execrável cometido pelo agressor, e que nos leva a questionar qual seria o critério válido para prender uma pessoa que socou o rosto de uma mulher em seu local de trabalho.

É inadmissível que situações como esta continuem a ocorrer. E, devido aos recentes ataques contra trabalhadoras dentro das unidades, o SindEnfermeiro convoca toda categoria, em especial as mulheres, para participar de ato amanhã (1º) na UBS nº 1 de Vicente Pires em apoio à profissional agredida, para cobrar a punição do agressor e também para que tanto a SES-DF como o GDF apresentem o quanto antes uma estratégia visando garantir maior segurança dentro das unidades de saúde e às profissionais na rede pública do DF.

Por fim, o SindEnfermeiro ressalta sua posição na defesa de melhores condições de trabalho para a enfermagem, e declara que irá tomar todas as medidas cabíveis na forma da lei, através de seu departamento jurídico, estando ainda à disposição da profissional para o acolhimento e orientação necessários.

Foto: Reprodução.

Nota de Repúdio – Sindate-DF

O Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sindate-DF), vem a público manifestar repúdio ao ato de violência praticado contra uma Técnica de Enfermagem da UBS de Vicente Pires, durante suas atividades na unidade.

Os diretores do sindicato Josy Jacob e Moisés de Miranda, foram até o local nesta quarta-feira (29/09) e constataram que a profissional foi agredida fisicamente por um paciente, que é proprietário do imóvel alugado para a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Na ocasião, o homem queria ser atendido com prioridade, razão pela qual agrediu a técnica, que teve seu nariz fraturado e está emocionalmente abalada com o ocorrido.

Um documento foi protocolado pelo sindicato e será destinado ao Secretário de Saúde para que medidas cabíveis sejam tomadas. O Sindate considera inaceitável todo e qualquer ato de violência, além considerar um total desrespeito aos trabalhadores que disponibilizam todo o seu empenho de trabalho para cuidar da saúde e segurança dos pacientes.

O que diz a Secretaria de Saúde

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que, “devido aos últimos acontecimentos, com frequentes agressões de usuários aos servidores nas unidades de saúde, está sendo providenciado reforço na segurança”.

“A pasta lamenta que, em seus locais de trabalho, servidores sejam agredidos física ou verbalmente, e ressalta que desacato a servidor público no desempenho de suas funções pode configurar crime, previsto no código penal.”

Da Redação do Agenda Capital

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