People wearing a protective facemask to protect against the COVID-19 coronavirus walk past an Apple store (top L) and a Nike shop (top R) outside of a nearly empty shopping mall, minutes after rush hour, in Beijing on February 24, 2020. - The novel coronavirus has spread to more than 25 countries since it emerged in December and is causing mounting alarm due to new outbreaks in Europe, the Middle East and Asia. (Photo by NICOLAS ASFOURI / AFP)

Por Redação*

Pequim, 24 Fev 2020 (AFP) – A epidemia de coronavírus se tornava mais intensa nesta segunda-feira em todo o planeta, com novos países afetados, uma situação que deixou o mercado financeiro em alerta e levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a alertar sobre o risco de uma pandemia.

Dois meses depois do surgimento do novo coronavírus no centro da China, cinco países anunciaram os primeiros casos de contaminação: Afeganistão, Bahrein, Kuwait, Iraque e Omã, que decidiu suspender os voos com o Irã. Em todo o planeta o número de mortes se aproxima de 2.700 e o de contágios de 80.000

Diante da epidemia, o diretor geral da OMS pediu ao mundo nesta segunda-feira que se prepare para uma “eventual pandemia”.

“Temos que nos concentrar em conter (a epidemia), enquanto fazemos todo o possível para nos preparar para uma eventual pandemia”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Genebra.

Ao mesmo tempo, Ghebreyesus, disse que o ritmo de expansão da epidemia diminuiu na China desde o início de fevereiro.

Ele afirmou que uma missão internacional de especialistas determinou que na China “a epidemia atingiu um pico, estabilizou entre 23 de janeiro e 2 de fevereiro e diminuiu de maneira contínua desde então”.

Na Europa, a Itália, com seis mortos e 219 pessoas infectadas, é o primeiro país do continente a adotar medidas de confinamento em 10 cidades do norte de seu território.

Quase 52.000 pessoas estão confinadas em uma zona de isolamento na Lombardia e Veneza.

O carnaval de Veneza, que terminaria na terça-feira, foi cancelado no domingo.

Coreia do Sul e Irã têm agora o maior número de casos de contaminação e de mortes fora da China.

Hong Kong anunciou a proibição a partir de terça-feira da entrada de não residentes procedentes da Coreia do Sul e pediu a seus cidadãos que evitem viajar no momento.

Menos de uma semana depois da detecção do primeiro caso da doença em seu território, o Irã anunciou quatro novas mortes, o que eleva a 12 o número de vítimas fatais da epidemia na República Islâmica.

Com 64 pessoas contaminadas no país, a taxa de mortalidade de um para cada cinco casos parece muito mais elevada que a registrada até agora na China (por volta de 3%).

Preocupados com o contágio no Irã, os governos da Armênia, Turquia, Jordânia, Paquistão, Iraque e Afeganistão fecharam as fronteiras ou limitaram os deslocamentos com a República Islâmica.

Ao menos 200 pessoas foram colocadas em quarentena no Paquistão, perto da fronteira com o Irã.

Mais de 30 países já foram afetados pelo novo coronavírus, com um balanço superior a 30 mortes fora da China.

A Coreia do Sul anunciou um número recorde de 231 novos casos de contaminação em 24 horas. O país registra 800 pessoas infectadas e sete mortes.

Esta quantidade é superior a do Japão, onde o cruzeiro “Diamond Princess” era até agora o principal foco de contaminação fora da China.

A Mongólia, que já havia determinado o fechamento da fronteira com a China, mas que até agora havia escapado do vírus, anunciou a suspensão das conexões aéreas com a Coreia do Sul.

Na China, onde o novo coronavírus surgiu em dezembro em um mercado de Wuhan (centro), a epidemia provocou mais 150 mortes nas últimas 24 horas.

O gigante asiático registra quase 2.600 mortes e 77.000 casos de contaminação.

– OMS em Wuhan -Diante da gravidade da situação, o regime comunista decidiu adiar, pela primeira vez em três décadas, a sessão anual do Parlamento que começaria em 5 de março.

Além disso, o governo anunciou a proibição completa e de forma imediata do comércio e consumo de animais selvagens, uma prática que supostamente contribuiu para a propagação do COVID-19.

Em Wuhan, cidade de 11 milhões de habitantes na região central da China isolada do mundo há um mês, a prefeitura desistiu da ideia de flexibilizar as rígidas medidas de confinamento.

Uma equipe de especialistas da OMS visitou Wuhan no fim de semana, informou o ministério da Saúde.

– Tensão econômica -A aceleração da contaminação nos últimos dias provocou fortes quedas nas Bolsas: Milão, Paris e Frankfurt operavam em baixa de mais de 3%.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, advertiu que a crise pode colocar em perigo a recuperação da economia mundial, durante uma reunião ministerial do G20 na Arábia Saudita.

*Com informações da Folha

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