Deputado federal Rogério Rosso (PSD), escolhido pré-candidato ao GDF. Foto: Reprodução

Por Francisco Dutra

A aproximação do PSD tem potencial para consolidar a “Via Alternativa” na disputa do governo do Distrito Federal, idealizada pelo PPS e o PDT. Em função do tempo de televisão e da proximidade com a população, a sigla poderá proporcionar para o grupo as condições necessárias para uma aliança com a frente evangélica, composto por PRB, PHS, PSC e Podemos. Por enquanto a coligação é uma ideia sobre a mesa e nenhuma das partes cobra a cabeça de chapa ou postos.

Seria uma quarta via para a eleição do ano que vem. Distantes do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), dos partidos conservadores que discutem uma coalizão — a lista inclui PMDB, PR, PTB, PSDB e PP, além de outros menores— e enfim de um PT enfraquecido, estes grupos políticos estudam a criação de uma aliança alternativa para a eleição de 2018.

“O PSD entende que o momento é de pensar em projetos e políticas públicas para o DF. É natural que haja conversas de convergência sobre conteúdos programáticos e formulação de agenda em comum com partidos e lideranças locais”, afirma o presidente regional do PSD, deputado federal Rogério Rosso.

Da mesma forma como PPS e PDT, o PSD desembarcou da base aliada da gestão Rollemberg. Um ponto crucial para o divórcio foi a centralização das decisões de governo, restrita ao núcleo duro do governador. O desgaste ficou ainda mais inflamado quando o vice-governador Renato Santana (PSD) denunciou um suposto esquema de corrupção dentro do governo, no ano passado. Desde então a sigla tem perdido sucessivamente espaços e cargos. Agora, o PSD busca outros caminhos.

“Temos bons nomes para a majoritária e também para as proporcionais”, crava Rosso. Todavia, o deputado critica os grupos políticos que querem impor seus respectivos representantes como protagonistas. “Pensamos que o melhor é o pensamento de grupo e não individualismos. Pois o relevante mesmo é ter propostas e projetos eficazes e nomes que possam tenham competência para gerenciar e governar o DF em sintonia com as demandas da população e os desafios que precisamos superar”, argumenta Rosso. Um ponto de destaque na agenda do PSD é a atenção para Região Metropolitana.

O senador Cristovam Buarque (PPS) lembra que o PSD foi decisivo na vitória de Rollemberg em 2014, justamente pelo fato de ter ajudado com a maior parte do tempo de TV na campanha. “Estamos conversando com Rosso. Estivemos junto com o Rodrigo. Vamos continuar juntos, entretanto não mais com o Rodrigo”, pondera Buarque. Na análise do senador, outro diferencial do PSD é a proximidade com diversas comunidades pelo DF.

Segundo o parlamentar, a política brasiliense não é mais definida na briga entre o “Azul” e o “Vermelho”. O que o eleitor espera são propostas concretas para as questões de “hoje” e do “futuro”. Buarque conta que a Terceira Via ainda está de portas abertas para Jofran Frejat (PR). “Mas é apenas pessoalmente. Não queremos conversar com a turma do (ex-goverandor) Arruda”, alerta.

Os passos do PSD encorajam as siglas evangélicas para fechar uma coligação. “Com a vinda de Rosso tem uma boa possibilidade. A começar, pelo tempo de televisão do partido”, comenta o presidente regional do PRB, Wanderley Tavares. Contudo, Tavares enfatiza que uma aliança depende de outros substantivos, especialmente na consolidação de uma união programática, com práticas de gestão calçadas pela inovação e eficiência.

A frente evangélica quer eleger um representante majoritário, no GDF ou no Senado. “Mas se estivermos só com os quatro partidos não conseguimos definir um majoritário”, avalia Tavares. Neste mês o PRB fará uma convenção para definir oficialmente os objetivos para 2018. O evento deverá oficializar o nome do grupo evangélico para a majoritária.

Da Redação com informações do JBr

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