Por Delmo Menezes

Muito se tem falado que a situação financeira tem sido o principal entrave para uma gestão eficiente, principalmente, na pasta mais importante do governo que é a Secretaria de Saúde do DF. Todos os dias temos presenciado cenas lamentáveis nos hospitais, como a falta de remédios, falta de insumos básicos, falta de leitos nos hospitais, falta de profissionais de saúde, e por aí vai.

Já se passaram quatro secretários, sendo que o primeiro nem sequer chegou a tomar posse e os problemas tem se agravado cada vez mais. A impressão que se tem, é que existe um “buraco negro”, e que não se consegue enxergar uma luz no fim do túnel. A situação só piora a cada dia.

Os atuais gestores que estão à frente da Secretaria, não conseguem resolver os problemas da pasta por uma razão muito simples: são pessoas inexperientes, não conhecem como funciona a máquina, falta traquejo e sobra arrogância.

O atual secretário por mais que se esforce, não tem conhecimento da pasta, é totalmente neófito em se tratando de gestão. Não tem sequer apoio do PSB-DF, partido do qual o governador Rodrigo Rollemberg é filiado. A secretária adjunta, que é indicação do vice-governador Renato Santana, não consegue dar o suporte necessário por falta de liderança. Nos bastidores comenta-se, que o vice consegue ter mais acesso na Secretaria, do que pessoas ligadas ao PSB.

Uma das Subsecretarias mais importantes da pasta, que tem um orçamento de fazer inveja a muitos estados, é a Subsecretaria de Atenção Integral a Saúde (SAIS).  O gestor que comanda a pasta não conhece a dimensão que é a SAIS. Falta experiência e conhecimento de gestão pública.

A poucos dias, o Agenda Capital fez uma matéria sobre a situação caótica em que se encontra o SAMU-DF. O serviço de Atendimento Móvel de Emergência, que já foi uma referência nacional, hoje está simplesmente desabilitado junto ao Ministério da Saúde e não consegue receber os repasses federais. Leia  a matéria:  http://agendacapital.com.br/samu-df-pede-socorro/ . Os gestores que são indicados, são pessoas até esforçadas, porém não conseguem dar uma resposta rápida aos inúmeros problemas que a pasta vem enfrentando.

O caos que se instalou na Saúde pública do DF, não é somente problema financeiro como ocorre em grande parte do país, e sim, falta de experiência e gestão.

Os servidores da rede pública de saúde estão cada vez mais desmotivados com os problemas recorrentes, como o desabastecimento de insumos e medicamentos, a falta de manutenção de equipamentos por falta de cobertura contratual, e as condições precárias de trabalho, dadas em função de ambientes insalubres e sem condições estruturais para um bom atendimento à saúde.

Espera-se que com a reforma do secretariado de Rollemberg, que deverá ocorrer em breve, a Saúde seja prioridade na escolha de um gestor com experiência comprovada, e que consiga reverter a situação atual, em grande parte provocada pela falta de habilidade dos atuais ocupantes.

A população espera que a Saúde Pública do DF, que outrora já foi considerada a melhor do país, volte a oferecer à população, uma saúde de qualidade para o povo do Distrito Federal.

 Da Redação do Agenda Capital

8 COMENTÁRIOS

  1. Pode ser meio intempestiviço, mas o aumento das passagens foi cômico. O Sr. Rollemberg deixando claro que não sabe como funciona o orçamento público, uma vez que enviou para a CLDF um PLOA sem a previsão de recursos para sanar o “prejuízo das empresas” e após sua aprovação, na calada da noite trata os deputados e toda a população como idiotas.

  2. Belo texto, expressão nítida do que se passa. O GDF tem excelentes servidores, mas falta conhecimento e humildade aos nomeados para os cargos de direção, especialmente na SES, principalmente em relação às questões de programação de abastecimento, orçamentárias e financeiras.

  3. Se as resoluções do CSDF, não são efetivadas sendo este órgão deliberativo e responsável pelas políticas públicas de saúde no DF, e o Sr. Helvécio, presidente do Conselho falando que não tem competências para efetivalas. Pedi pra sair, Sr.Helvético vc demonstrou ser um serviçal do Enrollemberg, cumprindo a risca às determinação de terceira a nossa saúde pública do DF.

  4. Santa hipocrisia. Essa reforma podia começar por vc, Sr. HELVECIO FERREIRA, que ocupa atualmente o cargo de “assessor especial” – especial de quê? – na SES/DF e, num conflito absurdamente vergonhoso de interesse, acumula também a presidência do Conselho de Saúde do DF, onde tinha – pasmem – justamente a função de acompanhar e cobrar a boa execução da política de Saúde no DF. Simples assim!

  5. A SES DF possui material humano capaz e altamente qualificado , aproveitar esse potencial vai representar novas possibilidades de sucesso a gestão dessa instituição, tão importante é indispensável a aplicação de políticas públicas , cabe aos governantes deixar o orgulho de lado e mudar o que for necessário para que as necessidades em saúde da população sejam priorizadas.

  6. A GESTAÇÃO CARECEDE INTERLOCUÇÃO INSTITUCIONAL;
    A SES-DF POSSUE NO SEU QUADRO DE RH OS MELHORES ESPECIALISTAS EM SAÚDE PÚBLICA DO DF.
    LAMENTAVELMENTE,AS RESOLUÇÕES DO CSDF SÃO IGNORADAS POR GESTORES “TRANSITORIOS” QUE NÃO PERTENCEM AO QUADRO DE RH DA SES-DF,NA TENTATIVA DE ACERTO E ERROS DEIXAM SEQUELAS IRREPARAVEIS À POPULAÇÃO DO DF!

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