Dr. Cid Carvalhaes

Por Dr. Cid Carvalhaes*

Desde tenra idade afiguraram-se dificuldades de dimensionar o espírito natalino. Entende-lo, muito menos. Na infância misturavam-se festividades pelo aniversário de Jesus Cristo com a chegada do Papai Noel trazendo presentes. Jesus, no imaginário infantil, era figura lendária. Papai Noel, embora raramente se fizesse presente, ocorria às vezes, se materializada nas manhãs do dia 25 de dezembro pela presença dos presentes (sem trocadilhos).

Adultos, consciência da exploração comercial da data, obrigatoriedade da troca de presentes, criação do amigo ocultou, secreto, para amenizar gastos, recesso de final de ano, férias, viagens, ceias em ambiente familiar nem sempre harmônico, solidariedade questionável.

Dirimindo culpas, campanhas pelo Natal sem Fome, um dia de comida para população carente e 364 dias do ano de carência e restrições de toda ordem. Cristãos, em geral, esquecem fundamentos da redenção do mundo, solidariedade, respeito, cooperações mútuas, apoio aos nossos semelhantes, carinho, cuidados uns com os outros.

Como adulto passei a entender o espírito natalino como sendo marco de renovação anual de compromissos sociais como defesa intransigente da liberdade, direitos de ir e vir, combate à fome, miséria, preconceitos de toda ordem, defesa do pleno emprego, remuneração justa e adequada, combate a corrupções e aos crimes de toda natureza, defesa da saúde, educação, saneamento básico, segurança pública, lazer, qualidade decente de vida. Cristãos, coerência é essencial.

Vamos praticá-la!

FELIZ NATAL!!! com respeito, carinho, solidariedade, coerência.

Dr. Cid Célio Jayme Carvalhaes – Médico neurocirurgião e advogado. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Presidente do Conselho Deliberativo da SBN, Presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo e Presidente da Federação Nacional dos Médicos. Especialista no Direito Médico e da Saúde e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Direito da Escola Paulista de Direito. É Colunista do Agenda Capital.

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