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A análise da Fiocruz foi feita com base em dados publicados entre 20 de junho e 3 de julho

Por Redação

As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 na rede pública em todo país seguem tendência de melhora pela quarta semana consecutiva, de acordo com o boletim do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz.

O documento divulgado nesta quinta-feira (8) destaca ainda que, pela primeira vez no ano, houve redução expressiva no número de mortes e casos da doença. A análise foi feita com base em dados publicados entre 20 de junho e 3 de julho.  

Os pesquisadores afirmam que a redução da taxa de mortalidade, evidenciada nas últimas semanas, pode ser resultado do avanço da campanha de vacinação.  De acordo com o boletim, mais de 45% da população adulta do país já foi vacinada com pelo menos uma dose do imunizante e cerca de 16% com as duas doses. Onze estados apresentaram percentual de vacinados com as duas doses inferior à média nacional, entre eles o Maranhão, Paraná, Rondônia e São Paulo.

Os estados que se destacam na redução de ocupação de leitos de terapia intensiva são Tocantins (90% para 71%), que saiu da zona de alerta crítico para a zona de alerta intermediário, e Sergipe (88% para 56%), que saiu da zona de alerta. 

Em outros 14 estados, as taxas de ocupação caíram pelo menos cinco pontos percentuais: Acre (37% para 26%), Pará (63% para 55%), Amapá (55% para 50%), Piauí (76% para 69%), Rio Grande do Norte (72% para 57%), Paraíba (59% para 49%), Pernambuco (76% para 63%), Alagoas (77% para 66%), Bahia (75% para 70%), Minas Gerais (75% para 70%), Paraná (94% para 89%), Santa Catarina (92% para 85%), Mato Grosso do Sul (88% para 74%) e Goiás (85% para 74%). 

O estado do Rio de Janeiro saiu da zona de alerta. A taxa de ocupação caiu de 63% para 59%. Os estados do Maranhão (79% para 75%) e São Paulo (76% para 72%), também tiveram queda de quatro pontos percentuais nas taxas de ocupação.  

 Pela primeira vez em meses, somente o estado de Roraima (97%), apresenta taxa de ocupação superior a 90%.  Na zona crítica, com taxas entre 80% e 89%, estão Paraná (89%) e Santa Catarina (85%) e o Distrito Federal (82%). Outros quinze estados estão na zona de alerta intermediário (=60% e <80%).  

Apesar de os números sugerirem melhora no quadro geral, os pesquisadores ressaltam que ainda não é possível afirmar que essa tendência será mantida ao longo das próximas semanas.  

Mesmo com diminuição de casos, as taxas de incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) ainda são consideradas muito altas pelos pesquisadores, em vários estados. Esse dado indica na maioria das vezes casos graves de Covid-19.  

Mesmo ressaltando o avanço da vacinação como um ponto positivo, no boletim, os epidemiologistas fazem um alerta às cidades quanto à falta de vacinas provocada pelo adiantamento do calendário, sem levar em consideração o número de doses disponíveis para aplicação.

“A medida pode causar frustração ou até mesmo o deslocamento de pessoas em busca de vacina, sobretudo em busca da segunda dose, caso se adiantem as primeiras doses e ocorra algum problema no cronograma de entrega de vacinas” – afirmam os especialistas. Além da falta de doses, outra ameaça é o surgimento de variantes do novo coronavírus com potencial de reduzir a efetividade das vacinas disponíveis.

Com informações da FioCruz/CNN

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