Por Raimundo Ribeiro*
Nesta noite, o Fluminense conseguiu ser derrotado pelo Atlético/Go por 3×1 e com isso foi eliminado da copa do Brasil.
Além de perder o jogo, deixou de ganhar 2,6 milhões que certamente ajudariam a pagar os salários dos jogadores. Importante relembrar que domingo passado, o Fluminense foi derrotado pelo Sport Recife tendo poupado 3 jogadores para o jogo contra o Atlético/GO. Como se vê, não adiantou.
Antes disso, o Fluminense foi eliminado da Sul americana pelo desconhecido Union Calera do Chile.
Nesse período jogou 6 vezes contra o rival Flamengo, ganhando 1, empatando outra e perdendo 4 vezes.
Esse treinador está no Fluminense há 10 meses e o time não tem padrão de jogo.
As substituições durante a partida são sempre erradas.
A insistência com profissionais que não sabem jogar futebol é constante e após as partidas o treinador dá entrevistas “explicando” porque o time perdeu. Pior é ver o conformismo estampado no rosto do treinador que parece não ter ambição de ganhar dos adversários.
Os jogadores não conseguem um rendimento de times médio, ora porque o time não tem plano de jogo, ora em razão de suas limitações técnicas.
Mas o mais grave é que os jogadores não possuem ambição de ganhar e já entram em campo derrotados em função disso.
As atitudes são claras aparentando não se incomodarem quando perdem, empatam ou ganham.
A diretoria parece só se preocupar em vender (barato) os bons valores que brotam em Xerém, muitas vezes sem sequer fazer uma partida no time de profissionais.
Parece que “negociar” não é a praia da diretoria pois negocia mal depreciando a “mercadoria” produzida em Xerém.
Intrigante é que se desfaz dos novos jogadores e o clube não consegue ter dinheiro sequer para pagar salários (que estão sempre atrasados).
Reserva para investimentos? Nem pensar.
Apesar de ter sido eleito com um vice-presidente (Celso Barros), o presidente Mário logo revelou-se despreparado quando o excluiu. Ora, presidir significa ter sabedoria para superar divergências em benefício do clube e não excluir quem pensa diferente.
Vale relembrar que foi a administração Celso Barros que nos permitiu ganhar uma copa do Brasil, 02 campeonatos brasileiro, vice campeão da libertadores e da Sul americana, o que convenhamos é muito pouco para a grandeza histórica do Fluminense mas é melhor do que NADA que essa administração Mario Bitencourt nos oferece.
Mas o pior legado não é a falta de títulos.
O pior é o conformismo inaceitável de quem dirige o Fluminense atualmente que nos apequena e contamina todos, da direção ao roupeiro passando pelos diretores, treinador e jogadores e cujo resultado é esse patético quadro acima descrito.
Quem escreve este desabafo é um tricolor mal acostumado pela máquina tricolor de Horta com Rivelino, PC Caju, Pintinho, Edinho, Búfalo Gil, Doval, Manfrini, Marinho Chagas e tantas outras estrelas.
Mal acostumado pelo tricampeonato de Paulo Victor, Aldo, Duilio, Deley, casal 20, dom Romero e tantos outros, sob a batuta do tricolor Parreira.
Mal acostumado pelo time de Edevaldo, Tadeu, Rubens Galaxy, Gilberto, Cláudio Adão e tantos outros.
Mal acostumado por campeões como Deco, Conca, Washington, Gum, Mariano, Carlinhos e tantos outros.
Notem que ao longo da história, salvo alguns períodos de entressafra, o Fluminense sempre foi um time de primeira grandeza no futebol e como dizem, se você quiser saber o nosso futuro, vejam o nosso passado.
O Fluminense não faz história. Ele é a HISTÓRIA.
Diante disso, pedindo perdão antecipadamente, peço aos atuais dirigentes: saiam do Fluminense por favor, antes que consigam acabar com ele apagando e desonrando a nossa história.
*Raimundo Ribeiro (Um apaixonado torcedor do Fluminense)