Folha mensal do GDF é de R$ 1,6 bilhão; reajuste prometido foi suspenso. Até o fim de outubro, governo ainda via rombo de R$ 76 milhões nas contas.

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, confirmou nesta terça-feira (1º) que o pagamento dos servidores públicos está garantido para o quinto dia útil deste mês. Com isso, os trabalhadores devem receber o salário de outubro até o próximo dia 8.

Há uma semana, o Palácio do Buriti convocou a imprensa para informar que havia um rombo de R$ 76 milhões nas planilhas de outubro, e que esperava “fechar a conta” com a arrecadação do Refis. Segundo o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, esse aperto para honrar a folha de pagamento pode se repetir nos próximos meses.

Segundo Rollemberg, a arrecadação do Refis foi “um sucesso”. “Arrecadamos R$ 53,6 milhões que já entraram na conta. Com algumas outras arrecadações que tivemos, isso vai nos permitir pagar o salário dos servidores no quinto dia útil e pagar o 13º dos servidores no dia 14”, declarou.

A folha de pagamento de servidores do GDF é de R$ 1,6 bilhão. O valor não inclui a última parcela de reajuste aos servidores públicos, suspensa pelo Buriti, nem novas demandas – por exemplo, o aumento pedido pelos policiais civis.

Além do salário, o DF também deposita o 13º dos servidores ao longo do ano – os concursados recebem no mês subsequente ao aniversário, e os comissionados, em parcelas pagas em junho e dezembro.

Rollemberg também afirmou que, garantindo caixa para os salários, o Buriti pode contar com a arrecadação futura para pagar outras faturas, relacionadas ao custeio do governo.

“A partir do momento que paguemos os servidores públicos, no dia 7, a arrecadação que entrar nos dias seguintes será utilizada para pagar esses fornecedores, como o transporte escolar, a vigilância, limpeza, terceirizados, enfim, o conjunto de outras atividades da máquina pública”, disse.

Crise financeira
Em outubro, Rollemberg anunciou que não concederia a terceira parcela dos reajustes salariais prometidos pelo ex-governador Agnelo Queiroz. Segundo ele, seria preciso parcelar os pagamentos mensais para garantir os valores corrigidos.

“Eu não vou quebrar Brasília, não vou ficar conhecido como o governador que quebrou Brasília. Quero ser conhecido como o governador que equilibrou as contas da cidade. Para que possamos melhorar a qualidade dos serviços de educação, mobilidade e segurança”, disse, à época.

Rollemberg afirmou que há 214 mil servidores inativos, cerca de 7% da população, que custam ao governo cerca de 77% do orçamento. “Isso faz com que sobre pouco recurso para custeio da máquina e para investimentos que melhoram a qualidade de vida da população.

De acordo com o secretário da Fazenda, João Antônio Fleury, em 2016, o Distrito Federal teve queda na receita de cerca de R$ 1 bilhão por conta da redução dos repasses de verbas feitos pelo governo federal.

Da Redação com informações do GI

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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