Equipe de governança concede entrevista nesta segunda-feira (29) para dar esclarecimentos sobre as contas e anúncio de medidas para colocar salários em dia.

A relação explosiva do aumento dos gastos públicos com a retração da economia local e o consequente impacto na arrecadação coloca o Distrito Federal como uma das unidades da Federação mais sensíveis à crise. Pela primeira vez na história, o DF figura no grupo que opera no vermelho e não consegue quitar todas as dívidas.

Em reunião a portas fechadas, ocorrida no Palácio do Buriti ontem pela manhã, o governador Rodrigo Rollemberg; a secretária de Planejamento, Leany Lemos; o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio; e a equipe jurídica do GDF admitiram que só há em caixa recurso suficiente para quitar 85% da folha salarial referente a novembro — o pagamento é feito no quinto dia útil de dezembro. O Executivo local não informou se honrará os vencimentos com desconto ou se privilegiará determinadas categorias. O 13º de comissionados e aniversariantes de dezembro não entra no cálculo.

Desde outubro, a contabilidade da Administração Pública não fecha. Para garantir o salário dos servidores públicos, o governo optou por atrasar o pagamento de fornecedores, como contratos de empresas terceirizadas e de compra de gasolina das ambulâncias. Fora os débitos em aberto, avaliados em R$ 1,2 bilhão, contraídos antes de 2014, na gestão Agnelo Queiroz. Entretanto, apesar da fragilidade, o secretário de Fazenda, João Fleury, garante que não há risco de a capital federal decretar estado de calamidade financeira, como fizeram o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro.

A crise do Distrito Federal fez com que o governador Rodrigo Rollemberg se tornasse um dos protagonistas na briga das unidades federativas para conseguir ajuda financeira da União. Afinal, em 2016, o DF perdeu R$ 382 milhões em recursos do Fundo Constitucional. Na última terça-feira, Rollemberg se reuniu com governadores na residência oficial de Águas Claras. À tarde, o grupo se encontrou com o presidente da República, Michel Temer, e com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no Palácio do Planalto (leia Memória). Os Executivos estaduais devem apresentar nesta semana um conjunto de propostas para o governo federal em contrapartida ao auxílio financeiro.

Da Redação com informações CB

2 COMENTÁRIOS

  1. Boa noite!
    Não acredito nas mentiras do governador de Brasília. Pergunto: porque o Governo não mostra o valor dos impostos arrecadados todo mês e também o repasse do FC. Pelo que eu sei, todo mês tem quase 2 bilhões (1bi dos impostos + 1bi do FC) em caixa. Se a folha geral dos servidores públicos nem chega a 1bi, pergunto mais uma vez: onde está o restante?

  2. Por que não pegam os bens dos políticos que fizeram caixa dois e vendem pra pagar os servidores. Trabalhamos muito e cumprimos com nossas obrigações, não estamos recebendo favores e sim o que é nosso por direito. Somos cidadões honestos,pagamos impostos altíssimos. E se o Brasil está em crise ,os culpados terão que serem punidos e não simplesmente tirar do nosso bolso. Como vamos pagar luz, água, empréstimos,prestacão de carro,comer enfimm… Esses últimos anos estamos sendo precionados por todo lado,nas próximas eleições ficaremos sem opção de candidatos,cada dia que passa está pior. E se continuar assim o índice de marginalidade vai aumentar,pq não vale mais a pena trabalhar. Espero que não tenhamos de seguir o exemplo que vem de cima infelizmente,muito triste… Esperar em Deus.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here