Galvão Bueno. Foto: Reprodução

Gustavo Villani, 37, encabeçaria essa renovação da cara do esporte da TV

Por Redação

Ao encerrar mais uma Copa com Galvão Bueno à frente das transmissões dos principais jogos, a Globo não pretende criar um substituto com o status adquirido pelo mais famoso e bem pago narrador esportivo do país, que tem 12 Mundiais no currículo —10 deles na Globo.

Ainda que Galvão possa estar na Copa do Qatar, em 2022, o planejamento atual mira um nome para assegurar a renovação da cara do esporte da casa: Gustavo Villani, profissional trazido da Fox Sports, que vem trabalhando para o circuito SporTV-Globo. Nesta Copa, ele narrou os jogos da seleção exibidos pela Globo em salas de cinema.

Villani foi o nome mais citado por profissionais do meio esportivo de TV ouvidos pela Folha sobre quem seria, afinal, o substituto de Galvão. Não que ele pense em parar agora, mas a emissora se calça para ser cada vez menos refém de uma estrela.

De toda forma, criar uma identidade hierarquicamente mais forte para as principais transmissões é necessário, inclusive do ponto de vista comercial.

Gustavo Villani, que narrou os jogos pelo grupo Globo para salas de cinema – Divulgação/TV Globo

Villani, 37, é no momento o nome mais cotado para ocupar esse posto, até como necessidade de rejuvenescer a cara do esporte na Globo.

Cléber Machado, 56, e Luís Roberto, 57, permanecem como dois nomes bastante requisitados, mas não para a vaga de Galvão, 67.

Procurado pela Folha após a derrota do Brasil na Rússia, Galvão limitou-se a enviar a seguinte mensagem: “Se você me perguntar se eu estarei na Copa do Qatar, repito o que dizia o Chacrinha: ‘Quero morrer no palco, quero morrer trabalhando’. Não penso em parar. Espero estar bem, com saúde, para estar na Copa do Qatar. Fazendo o quê? Ainda não sei dizer”.

Ainda em 2010, Galvão disse a esta repórter que 2014, no Mundial do Brasil, seria sua última Copa como narrador.

Como figuras capazes de despertar amor e ódio nas torcidas, os narradores de grandes transmissões criados na pré-história da internet, quando o rádio e a TV eram feitos de poucas opções, são estrelas que se assemelham a artistas, afeitos aos holofotes.

Consultada sobre a cotação de Villani para o posto de primeiro narrador da casa, futuramente, a Globo, por meio de sua assessoria, informou apenas que “ele pode atuar em todas as plataformas de esporte do Grupo Globo”.

Questionada se sua presença ainda estaria mais restrita ao SporTV, a Globo informou que “ele já narrou partidas do Campeonato Brasileiro deste ano (na Globo e no SporTV) e fez parte do time de narradores da cobertura da Copa”.

As marcas Globo e SporTV nunca caminharam tão juntas, um modelo ratificado por um dos herdeiros do grupo, Roberto Marinho Neto, filho de Roberto Irineu Marinho, à frente do esporte da empresa, que engloba ainda as plataformas digitas da Globo.com.

No modelo implementado por Marinho Neto, prevalece a premissa de que o espectador vai atrás do conteúdo que lhe interessa, independentemente da plataforma –e no caso de esportes, isso é mais forte.

Da Redação com informações da Folha

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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