Governador Ibaneis Rocha Foto: Renato Alves / Ag. Brasília

O chefe do Executivo mandou recado a secretários: “Ninguém é eterno. Quem tem mandato definido pela população sou eu”

Por Redação

O governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou nesta terça-feira (20/08/2019), que estuda unir a Secretaria de Educação à do Trabalho. A declaração foi dada um dia depois de o emedebista exonerar o secretário de Educação, Rafael Parente, e nomear o titular da pasta do Trabalho para o cargo: “Eu acho até que a gente poderia unir as secretarias. Transformar em Secretaria de Educação e Emprego. Porque as duas coisas estão juntas. Mas isso está em análise, porque eu também não tenho pressa”.

Rafael Parente foi demitido por não concordar com o chefe do Executivo local sobre implementar a gestão compartilhada com a Polícia Militar (PM) mesmo nas escolas que rejeitassem a mudança.

De acordo com Ibaneis, o novo secretário João Pedro Ferraz terá a missão de acelerar o compartilhamento nas escolas com a Secretaria de Segurança. Nesse sentido, o governo pretende apertar o passo na instalação das escolas que já manifestaram interesse no projeto. O governador assinará, nesta terça (20/08/2019), decreto de criação de escolas totalmente militarizadas no DF a partir de 2020. “Aí sim, somente com militares. O projeto já está em andamento”, informou.

O episódio de embate interno fez com que o governador mandasse um recado aos seus subordinados: “Ninguém é eterno. Quem tem mandato definido pela população sou eu. Então, cada um dos secretários tem obrigação de dar resultados”.

Segundo o governador, a rede pública de ensino do DF está prestes a cair no caos: “Não adianta ficar com muita democracia interna e pouca decisão. Democracia serve até o momento em que você toma a decisão. Quando a decisão é tomada, você tem que executar”.

Do ponto de vista do emedebista, a rede pública sofre a pressão de uma demanda crescente de alunos, pois, devido ao empobrecimento da população, mais famílias tiram os filhos das escolas particulares e os matriculam no ensino gratuito.

Além de exonerar Parente, o titular decidiu que manterá a gestão compartilhada entre a Segurança Pública e o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 407 de Samambaia, mas abrirá o debate em relação ao Gisno, na Asa Norte. No último sábado (17/08/2019), as duas unidades rejeitaram, em votação de pais, alunos e professores, o modelo. Enquanto isso, outras três optaram pela mudança: CEF 1 do Núcleo Bandeirante, CED 1 do Itapoã e CEF 19 de Taguatinga.

Consulta

O governador bateu mais uma vez na tecla de que a consulta nas escolas não está vinculada à decisão de implementação do modelo militarizado. No entanto, Ibaneis voltou a afirmar que o Sindicato dos Professores (Sinpro) teria descumprido o acordo feito com o GDF antes das consultas. “A regra foi descumprida pelo sindicato e pelos partidos de esquerda que transformaram isso em uma verdadeira eleição, em uma guerra. Se o sindicato tiver coragem de abrir as contas, ele que abra para mostrar o quanto gastou para poder levar o resultado dessas eleições”, desafiou.

“Eu estou buscando a paz, o encontro. Ou a gente abre as eleições. E aí eu vou fazer política lá dentro. E eu tenho certeza que eu venço eles. Eu já venci nas eleições. Ou a gente vai ter uma consulta realmente sem a participação das políticas ideológicas dentro das escolas”, acrescentou.

Da Redação com informações do Metrópoles

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