Lançada no dia em que a Lei Maria da Penha completa 10 anos, ação se estenderá até 19 de agosto. Comerciais vão transmitir mensagens com intuito de constranger possíveis agressores

Desde domingo (31 de julho), uma campanha de combate à violência contra a mulher promovida pelo governo do Distrito Federal estimula as pessoas a interferir quando presenciar alguma tentativa de agressão. Outro objetivo é aumentar o número de denúncias — não apenas aquelas feitas pelas próprias vítimas. Por isso, o tema é “Basta. Quando você se cala diante do desrespeito, a violência fala mais alto”. A ação vai até 19 de agosto.

A ideia é conscientizar a população sobre o ato inaceitável do agressor e incentivá-la a se posicionar contra esse tipo de violência. O público poderá participar da ação promovendo a hashtag #eunaotoleroessecrime nas redes sociais.

A estreia da campanha coincidiu com os dez anos da Lei Maria da Penha. Em Brasília, foram registradas 13.798 ocorrências de agressões a mulheres em 2015. Até junho deste ano, 6.855 casos foram denunciados. Em 2007, quando a lei entrou em vigor, registrou-se apenas 879 ocorrências.

Secretaria da Segurança e da Paz Social destaca que embora o aumento no número de denúncias seja significativo é preciso tratar o tema como prioridade, porque os crimes desse tipo são subnotificados. Ou seja, ainda há muitas pessoas que não comunicam as agressões.

Para incentivar relatos dos crimes às autoridades e proteger as vítimas, o governo oferece diferentes serviços. A Polícia Civil, por exemplo, tem a Delegacia Especial de Atendimento a Mulheres, considerada referência no País. Além disso, as delegacias circunscricionais instaladas nas regiões administrativas também abrigam Seção de Atendimento à Mulher, segundo a pasta da Segurança.

Há ainda uma rede de proteção à mulher articulada pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Nela, estão a Casa da Mulher Brasileira, a Casa Abrigo, os Centros Especializados em Atendimento à Mulher e os Núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência — que juntos fizeram 8.238 atendimentos de janeiro a junho de 2016.

Em junho, o governo do DF criou ainda o Núcleo de Enfrentamento ao Feminicídio, cujo objetivo é desenvolver e fomentar ações, programas e políticas para prevenir, investigar, processar e julgar a morte violenta de mulheres, travestis e transexuais identificadas com o gênero feminino. A proposta é que diferentes órgãos locais atuem juntos no núcleo.

Assista o vídeo da campanha:

Onde buscar apoio e denunciar agressores de mulheres:

Centros especializados
De segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas

Asa Sul
Estação 102 Sul do Metrô
(61) 3323-8676

Ceilândia
QNM 2, Conjunto F, Lotes 1/3, Ceilândia Centro (ao lado da caixa d’água)
(61) 3372-1661

Planaltina
Entrequadras 1 e 2, Área Especial, Jardim Roriz
(61) 3388-0294

Asa Norte
Casa da Mulher Brasileira (601 Norte, Lote J), de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas
(61) 3226-9324

Casa da Mulher Brasileira de Brasília
Todos os dias, das 8 às 20 horas
Atendimento do Tribunal de Justiça, da Defensoria Pública e do Ministério Público na Casa é de segunda a sexta-feira, das 12 às 19 horas

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
204/205 Sul
(61) 3207-6195

Disque 180
Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (funciona 24 horas diariamente)

Da Redação com informações Agência Brasília

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