Plenário da Câmara Legislativa do DF. Foto: reprodução

Conforme o blog Agenda Capital já havia noticiado em primeira mão nesta sexta-feira (18), o novo cenário politico do DF muda substancialmente com fechamento da janela que permitia a mudança de partido sem prejuízo ao mandato parlamentar.

Seis parlamentares trocaram de legenda, o que alterou a composição partidária na Casa. Livres das negociações em busca de outra sigla, agora os distritais podem se dedicar inteiramente à análise dos projetos de leis de parlamentares e do Executivo.

No caso da troca de partidos, houve siglas que deixaram de ser representadas no Legislativo, como o PRTB e o PSDB, enquanto outras que não elegeram parlamentares agora têm assentos na Câmara, caso do PPS e do PSD. Há, ainda, situação em que a legenda triplicou de tamanho. O PSB, do governador Rodrigo Rollemberg, por exemplo, saltou de um deputado para três.

Força na mesa

Raimundo RibeiroA ciranda partidária também vitaminou o PPS, beneficiado pelas mudanças. Mesmo sem eleger parlamentar,  o partido agora conta com a presidente da Câmara, Celina Leão, ex-PDT, e o primeiro-secretário da Casa, distrital Raimundo Ribeiro, que largou o PSDB.

O deputado Juarezão deixou o PRTB, que já havia perdido Liliane Roriz para o PTB, e, atendendo convite do chefe do Executivo, filiou-se ao PSB. “O fato de estar no partido do governador não me impedirá de continuar cobrando a destinação de mais recursos para Brazlândia e melhorias em todo o Distrito Federal”, garante o distrital que teve  14 mil votos apenas em Brazlândia.

dep cristiano-araujoNa companhia de Juarezão, a deputada Luzia de Paula saiu da Rede e engrossou as fileiras do PSB, que já tinha o deputado Roosevelt Vilela, suplente de Joe Valle (PDT), na bancada. A entrada de Liliane no PTB livrou o partido de ficar sem cadeira na Câmara já que o distrital Cristiano Araújo foi para o PSD, do vice-governador Renato Santana, legenda que não conquistou vaga por meio do voto.

A nova correlação de forças altera o quadro de partidos representados no Legislativo, mas não institui mudanças impactantes na base de apoio ao Executivo. Embora hoje defendam outras siglas, os deputados que trocaram de legendas, via de regra votavam com o governo.

Não é o que parece

1 Ao contrário do que parece, a saída do deputado federal Rôney Nemer do PMDB e sua filiação ao PP, única mudança partidária na bancada do Distrito Federal da Câmara dos Deputados, fortalecerá  a sigla peemedebista em território brasiliense.

2 Aliado de primeira hora do presidente regional do PMDB, Tadeu Filippelli, Nemer terá o controle de seu novo partido, o que fortalece a antiga agremiação para a disputa das eleições de 2018, tanto na composição de chapa quanto no tempo de propaganda no rádio e na televisão.

3 Após muita negociação e análise de pelo menos  meia dúzia de convites, o deputado Robério Negreiros, eleito pelo PMDB,  continua sem partido. O parlamentar entrou em rota de colisão com a legenda pela qual foi eleito, chegando a entrar na Justiça para se livrar dela. Acabou entrando em acordo com o presidente do PMDB do DF, Tadeu Filippelli, e se desligou amigavelmente da sigla.

4 Aliás, o PMDB conseguiu sobreviver à janela de transferência. A legenda esteve ameaçada de ficar sem representação parlamentar na Câmara. Insatisfeitos com a condução da sigla, Rafael Prudente e Wellington Luiz chegaram a cogitar sua saída da legenda peemedebista, mas acertaram os ponteiros com Filippelli.

5 Sem partido desde que foi desligada do PPL, a deputada Telma Rufino ainda não definiu novo rumo. No caso dela, não havia necessidade de utilizar o período de transferência partidária sem risco para o mandato propiciado pela janela.

Câmara, enfim, pode retomar suas votações

 

Enquanto esperava uma definição dos novos rumos dos parlamentares, a Câmara Legislativa pouco produziu desde que retomou os trabalhos, em 1º de fevereiro.

O peemedebista Wellington Luiz  responsabiliza o governo pela paralisia parcial da Casa. “Esperamos projetos como a Luos [Lei de Uso e Ocupação do Solo] e o PPCUB [Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília] e outras matérias que geram recursos, mas não tem chegado nada”, critica.

O parlamentar demonstra preocupação com o que chama de excesso de burocracia e falta de proatividade do Buriti. “A Câmara se movimenta conforme as ações do Executivo, conforme ele vai mandando os projetos  de interesse da sociedade”, explica.

Para Agaciel Maia (PTC), o ritmo da Casa está mais lento devido à quantidade de projetos aprovados em 2015, ao período da janela de transferência partidária e ao rito legislativo, que exige a tramitação e discussão das matérias em até quatro comissões temáticas.  Na avaliação dele, a votação em plenário deve engrenar no início de abril.

“Todos esses são fatores, às vezes,  determinam um ritmo mais lento, e, além disso, estamos buscando mais a qualidade do que, necessariamente, a quantidade de projetos”, destaca Maia. Segundo Agaciel,  diferentemente de anos anteriores quando os projetos chegavam à Casa apenas para bater um carimbo, o processo é mais lento porque é aprimorado nos debates parlamentares e com a população.

 Fonte: Da redação com informações do Jornal de Brasília

1 COMENTÁRIO

  1. Gente pelo amor de Deus, vamos resolver a situação da saúde para contemplar a população de baixa renda do DF. pense num povo que sofre nas filas de UPAS e ambulatórios das cidades satélites. fica aqui meu desabafo.. boa sorte a quem resolver essa parada.

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