João Gabbardo, secretário executivo do Ministério da Saúde.

Nós ainda vamos tentar no mercado internacional, no mercado chinês, porque algumas operações estão dando certo“, afirma Gabbardo

Por Delmo Menezes

Após reclamações de vários países sobre a qualidade dos produtos que estão sendo exportados para o combate a pandemia do novo coronavírus, o governo chinês submeterá respiradores mecânicos, máscaras cirúrgicas e outros equipamentos a uma fiscalização mais rigorosa antes de exportá-los.

Na coletiva de imprensa realizada neste sábado (11) no Palácio do Planalto, o Agenda Capital questionou o secretário João Gabbardo, se o controle mais rigoroso em relação aos insumos que estão sendo adquiridos pelo governo brasileiro não irá impactar no abastecimento dos hospitais e se o governo tem algum plano “B” para evitar o desabastecimento desses produtos como máscaras e respiradores para o combate ao Coronavírus.

De acordo como secretário Gabbardo, o Brasil já tem um plano “B” caso os produtos importados da China não cheguem a tempo. “Sim, temos o nosso plano “B” que é a produção nacional, tanto de máscaras como de respiradores. Nós já estamos hoje com algumas empresas nacionais aumentando sua capacidade de produção. Nós estamos agora com uma negociação com um pool de empresas que produzem máscaras N-95 que estão trabalhando para entregar para o Ministério da Saúde em torno de 5 milhões de máscaras por mês. Temos ainda algumas questões a serem resolvidas com eles, a principal delas é a matéria prima que nós temos que ter a garantia da disponibilidade para produção dessas máscaras. Em relação aos respiradores nós estamos com algumas empresas nacionais produzindo esta quantidade que falei inicialmente. Esse é nosso plano “B”, disse o secretário executivo do Ministério da Saúde.

Segundo Gabbardo, isso não significa que o abandono ao mercado chinês. “Nós ainda vamos tentar no mercado internacional, no mercado chinês, porque algumas operações estão dando certo. Temos uma operação de importação de máscaras no quantitativo de 240 milhões de máscaras, e nós temos garantido a entrega. Na próxima semana já vamos fazer o primeiro ou talvez dois envios de aeronaves para China para trazer para o Brasil estas máscaras que estão sendo adquiridas. Isso aí vai envolver quase 20 aviões lotados só com máscaras para serem distribuídas no país”, concluiu Gabardo.

Semana passada o Ministério do Comércio da China destacou em um comunicado que serão realizadas investigações em todos os casos com potenciais problemas de qualidade, e prometeu tolerância zero em tais questões. O ministério, juntamente com a Administração Geral das Alfândegas e a Administração Nacional de Produtos Médicos, emitirá um anúncio exigindo que os suprimentos médicos exportados obtenham as qualificações relevantes e atendam aos padrões de qualidade dos países ou regiões importadores.

Da Redação do Agenda Capital

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