Greve dos caminhoneiros. Foto: Reprodução

“A manifestação é válida, mas não pode prejudicar as pessoas”

Por Redação

 A paralisação dos caminhoneiros contra a alta do diesel chega ao sexto dia neste sábado (26). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o gabinete de crise da Presidência da República, restam 596 pontos bloqueados pela ação de caminhoneiros pelo País. Desse total, 544 foram liberados.

O presidente Michel Temer e ministros se reuniram na manhã deste sábado (26) e agora a tarde para um encontro do gabinete criado pelo governo federal para monitorar a greve dos caminhoneiros. Após a reunião, o ministro Carlos Marun, da Secretaria do Governo, afirmou que a Polícia Federal já fez pedidos de prisão para empresários que, segundo a corporação, estão por trás de um locaute na paralisação de caminhoneiros.

Locaute (termo originado a partir da palavra em inglês lock out) é o que acontece quando os patrões de um determinado setor impedem os trabalhadores de exercer a atividade. A prática é proibida por lei.

Marun informou ainda que o governo começou a aplicar multas no valor de R$ 100 mil por hora parada para donos de transportadoras.

Nos aeroportos com falta de combustível, as companhias devem prever querosene para cumprir toda viagem, pois não haverá condições de abastecimento em solo.

De acordo com o presidente da OAB Claudio Lamachia, “O direito à livre manifestação não comporta o sufocamento de outros direitos, como o de ir e vir e o de ter acesso à saúde, alimentação e segurança. Na mesma linha, deve o governo lidar com a situação de forma a não agravar a tensão social nem as ofensas aos direitos fundamentais”, destacou.

Caos na saúde

Alguns hospitais já estão sem abastecimento para emergências e UTIs, assim como pacientes já estão sem o medicamento trastuzumabe (medicamento para câncer, distribuído pelo MS).

De acordo com relato de profissionais da área médica, alguns órgãos para transplantes foram perdidos, e o estoque de sangue está zerando (pela ausência de doação e não distribuição). Em alguns municípios, as ambulâncias e o SAMU pararam por falta de gasolina. A água está em risco de não tratamento. Transportes públicos estão parando e os postos praticamente sem combustíveis. Diante deste quadro grave, médicos e demais profissionais da saúde estão impossibilitados de trabalhar.

Nota do Editor

Nem sempre quem implora por direitos tem a visão global desse ato, pois somos individualistas e estamos sujeitos às nossas vontades. Impedir que pessoas tenham assistência e levá-las a morte, é crime!

Não podemos apoiar isso. Se queremos os bandidos na cadeia façamos ações que não sejam criminosas.

Não podemos apoiar bloqueios que levam pessoas inocentes, vulneráveis à piora ou a morte.

Devemos respeitar o espaço e os direitos alheios, da mesma maneira que queremos que os nossos direitos sejam respeitados.

Da Redação do Agenda Capital (Atualização 19h30)

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