Pais lamentaram o longo período de espera. A Secretaria de Saúde nega falhas e garante que, no plantão, seis médicos realizaram os atendimentos de urgência

Por Luis Nova / Otávio Augusto – CB

“Atenção, usuários, o tempo médio de espera é de seis horas”, afirma o funcionário do Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib) pelo sistema de som. Cerca de 30 criaças, a mairoria bebês, aguardavam no colo de pais e mães atendimento médico na emergência pediátrica na madrugada deste sábado (27/5).

Momentos antes do anúncio, a equipe do Correio presenciou um atendente confirmando para uma mãe que o período de espera era de “cinco horas e meia”. Depois, ele confirmou à mulher que esse longo peíodo de espera é batante comum no hospital.

Francisco Jhonata da Silva Gonçalves, 21 anos, levou o filho, Enzo Gabriel

O salgadeiro Francisco Jhonata da Silva Gonçalves, 21 anos, levou o filho, Enzo Gabriel, 2 anos e 11 meses, do Novo Gama para o HmiB. Ele chegou às 20h e até as 2h não havia sido atendido. “Eu me sinto injustiçado. Meu filho está com febre tem três dias e, até agora, nada. Ele dormiu de tanto esperar. Falaram pra eu dar banho nele e aguardar”, reclamou.

A sala de espera do Hmib ficou cada vez mais cheia à medida que a madrugada avançava. A escala dos médicos, fixada na porta de acesso aos consultórios, indicava que havia três profissionais de saúde trabalhando.

Escala Pronto Atendimento do HMIB

Apesar das cenas presenciadas pela reportagem, a direção do Hmib garante que “não houve problemas” na madrugada deste sábado na unidade. O plantão foi composto, segundo a Secretaria de Saúde, por três ginecologistas e três pediatras no atendimento de pronto-socorro, com prioridade para pacientes classificados com maior gravidade.

A longa espera é atribuída pela pasta aos casos de menor gravidade, que poderiam ser atendidos em outros locais. “A Saúde orienta àqueles pacientes triados e classificados em verde e azul, que procurem as unidades básicas de saúde mais próximas de sua residência. Isso irá desafogar os prontos-socorros dos hospitais e agilizar o atendimento dos casos mais graves”, explica a pasta em nota.

Da Redação com informações do Correio

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