Secretário de educação, Rafael Parente. Foto: Acácio Pinheiro / Ag. Brasília

Secretário não resistiu às polêmicas envolvendo a gestão compartilhada entre Educação e Segurança Pública em escolas do DF

Por Redação

Esta segunda-feira (19/08/2019) foi o último dia de expediente do secretário de Educação do Distrito Federal, Rafael Parente. Ele será exonerado do comando da pasta a qual chefiava desde o início do governo. Em seu lugar, assumirá o atual secretário de Trabalho, João Pedro Ferraz, ex-procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Além de exonerar Parente, o governador Ibaneis Rocha (MDB) decidiu que manterá a gestão compartilhada entre a Segurança Pública e o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 407 de Samambaia, mas abrirá o debate em relação ao Gisno, na Asa Norte.

No último sábado (17/08/2019), as duas unidades rejeitaram, em votação de pais, alunos e professores, o modelo. Enquanto isso, outras três optaram pela mudança – CEF 1 do Núcleo Bandeirante, CED 1 do Itapoã e CEF 19 de Taguatinga.

A negociação em relação ao Gisno será feita na gestão de Ferraz junto ao Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) e a comunidade escolar. “Falei, ao longo dos últimos 15 dias, que não ia admitir ingerências políticas nas áreas de saúde, educação e segurança”, justificou Ibaneis.

Segundo o governador, Rafael Parente “é um excelente técnico, mas que não teve experiência suficiente para construir o entendimento no caso do novo modelo proposto pelo governo. Deixou-se levar pelas questões políticas, o que também repercutiu na saída da coronel Sheyla Sampaio [ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF] e no meu desentendimento com o distrital Roosevelt Vilela [deputado do PSB, que tentou indicar um novo comandante para o Corpo de Bombeiros]”.

À coluna, Parente comentou a saída. “Existe algo na minha vida que são os meus valores, disso não abro mão. Desde o início, lutei pela comunidade escolar e para que a democracia fosse respeitada, ainda mais em tempos tão estranhos como estes em que estamos vivendo”, manifestou-se.

Rafael Parente ainda agradeceu ao governador por ocupar “o cargo mais ilustre de toda sua trajetória profissional”. Disse também que deixa a função “com a certeza de que sempre lutou por melhorias na educação do DF”.

Da Redação com informações do Metrópoles 

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