Presidente Jair Bolsonaro e secretários de segurança pública. Foto: PR

Decisão de só atender uma das reivindicações de grupo foi do presidente, segundo secretários estaduais; ministro pode perder pasta da Segurança Pública

Por Redação

O presidente Jair Bolsonaro recebeu de secretários estaduais de Segurança Pública cinco sugestões para políticas na área em reunião realizada na quarta-feira, 22. De todas elas, ele anunciou publicamente apenas uma – a divisão do Ministério da Justiça, com a recriação da pasta da Segurança Pública.

A opção de destacar a demanda mais polêmica chamou atenção dos próprios secretários, que viram na iniciativa um endosso de Bolsonaro à proposta.

“O presidente anotou, disse que ia avaliar e no momento oportuno nos daria uma resposta sobre todos os pontos da pauta. O assunto principal não foi o ministério, foi a questão de recursos”, disse o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa, presidente do Consesp. 

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), confirmou a reportagem que foi seu secretário de Segurança, o delegado da PF Anderson Gustavo Torres, quem conseguiu que o presidente Bolsonaro aceitasse se reunir com os responsáveis pela área em cada Estado. 

“Meu secretário foi para a reunião orientado por mim (a pedir a recriação do Ministério da Segurança Pública)”, disse. Desde o ano passado eu tenho falado que o ministro Moro pode conhecer muito – e eu reconheço que ele conheça – de combate a corrupção, mas de segurança pública ele não entende nada”, criticou.

De acordo com o Ibaneis, governadores e secretários estaduais da área se ressentem de declarações em que o ministro Sérgio Moro colhe os louros dos resultados positivos da área – queda nos índices de criminalidade – sem ter, na visão do grupo, contribuído para atingi-los. Para o chefe do Executivo do DF, o desempenho se deve ao às políticas do ex-ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, na gestão de Michel Temer. 

“Se você olhar no site do Supremo Tribunal Federal, tem uma ação movida por nós governadores que sequer o dinheiro do Fundo Nacional de Segurança que foi criado ele liberou”, lembrou. A ação foi movida todos os Estados brasileiros, com exceção da Paraíba, e pelo Distrito Federal. “E ele ainda teve a covardia de dizer que os resultados da segurança são por conta do trabalho dele”, concluiu. 

Com informações do Agenda Capital e Estadão

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