Instituto Hospital de Base do DF. Foto: reprodução

A partir de agora, processos como compra de medicamentos, contratação de pessoal e manutenção de equipamentos será mais ágil. Rollemberg visitou a unidade na manhã de hoje

Por Redação

 Uma das principais apostas do governo do Distrito Federal para o resgate da saúde pública se realiza a partir desta sexta-feira (12). O Hospital de Base (HBDF) passa a ser administrado por um instituto sem fins lucrativos. A expectativa é melhorar o atendimento à população, e será independente da Secretaria de Saúde. Com autonomia para contratar profissionais, comprar insumos e gerir um orçamento de R$ 602 milhões.

Com o início do novo modelo de gestão do Hospital de Base do Distrito Federal, agora Instituto Hospital de Base, nesta sexta-feira (12), processos como compra de medicamentos, contratação de pessoal e manutenção de equipamentos será mais ágil. Governador Rollemberg visitou a unidade na manhã de hoje. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

No primeiro dia da mudança, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), visitou as dependências da unidade acompanhado do secretário de Saúde, Humberto Fonseca e dos novos gestores do hospital. Eles percorreram alas especializadas, como neurologia, pediatria e infectologia. Rollemberg também visitou as dependências da recém-reformada Farmácia do Hospital de Base do DF.

De acordo com Rollemberg, “a partir de agora, processos como compra de medicamentos, contratação de pessoal e manutenção de equipamentos será mais ágil”. Segundo ele, o DF está inaugurando um modelo de referência para outros hospitais e para todo o Brasil”, destacou.

Nesta sexta-feira, também foi nomeado o diretor-presidente do instituto, Ismael Alexandrino Junior. O ato consta do Diário Oficial do DF.

Contratação

Os gestores do instituto devem abrir um processo seletivo para contratação de profissionais na próxima semana. Ao menos 700 pessoas devem ser incorporadas no quadro da unidade. As medidas são para reforçar os atendimentos, sobretudo, no pronto-socorro e no centro cirúrgico. Os médicos contratados receberão salários entre R$ 13 mil e R$ 16 mil — abaixo dos valores pagos pela Secretaria de Saúde. O governo acredita que a nova administração facilitará a recomposição do deficit de servidores. Dos 3,5 mil funcionários do HBDF, 2,7 mil, cerca de 85%, optaram continuar no Base.

De acordo com as novas regras, para um profissional ser efetivado no quadro, terá de passar por um processo seletivo com pelo menos duas fases. O processo será semelhante ao de um concurso público, com provas teóricas. A depender da função, será exigida a análise de currículo, além de provas técnica e oral e entrevistas. Em situações de urgência, o protocolo pode ser dispensado.

Produtividade

O texto que chancela a reforma administrativa impõe um novo desafio: aumentar em média 20% a produtividade do IHBDF. A Secretaria de Saúde estima que as cirurgias saltarão das 6,5 mil atuais para 9,2 mil, por ano — aumento de 41,5%.  Além disso, serão 15,6 mil consultas e 9,5 mil internações anuais, pela estimativa da pasta.

O secretário de Saúde, Humberto Fonseca, assinou ontem o contrato que define as normas de funcionamento da unidade e as metas que deverão ser alcançadas. Segundo ele, problemas como o fechamento de 117 leitos e contratos de alimentação e limpeza vencidos serão resolvidos rapidamente. Humberto acredita que os impactos da reforma administrativa vão refletir no atendimento do hospital a partir de junho.

“O Hospital de Base, agora, tem condições de fazer seu planejamento, comprar com bons preços e até comparar com os valores pagos pela Secretaria de Saúde, para ver qual modelo é mais eficiente. Se precisarem comprar algo para amanhã, vão conseguir. Hoje, isso não é possível e tem coisas que não podem esperar três ou quatro meses”, explicou o secretário de Saúde.

Para contratar fornecedores, as regras do Instituto Hospital de Base não vão obedecer à Lei de Licitações. Para aquisição de materiais e contratação de serviços, será feita uma seleção de fornecedores com regras parecidas, por meio da publicação de um ato convocatório, por exemplo, explicando o que vai ser contratado, como e por qual período. No entanto, a seleção pode ser dispensada no caso de contratos de baixo valor.

Da Redação do Agenda Capital – SES/DF

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