Entrevista coletiva no Palácio do Buriti. Foto: Reprodução

Processo terá 708 vagas celetistas. Anúncio foi feito pelo governador Rodrigo Rollemberg nesta sexta (12), quando foi iniciado o novo modelo de gestão da unidade de saúde

Por Redação

Sob novo modelo de gestão, o agora Instituto Hospital de Base do Distrito Federal, que iniciou as atividades nesta sexta-feira (12), abrirá na próxima semana o primeiro processo seletivo. O anúncio foi feito pelo governador Rodrigo Rollemberg em entrevista coletiva.

Serão 708 vagas celetistas para enfermeiros, médicos e técnicos de enfermagem. A recomposição é maior do que os cerca de 500 servidores públicos que não quiseram permanecer no hospital e pediram remanejamento à Secretaria de Saúde.

“O que estamos fazendo é um modelo de gestão moderno, que permitirá a substituição de pessoal e a compra de medicamentos de forma ágil, beneficiando a população”, destacou Rollemberg.

Ele reforçou ainda que o Base seguirá com as portas abertas, 100% público e mantendo todas as especialidades com as quais já atuava.

Apenas o modelo jurídico é inspirado no do Hospital Sarah Kubitschek, com a gestão por meio de um serviço social autônomo. O acesso ao hospital não muda e continuará via rede pública de saúde.

Meta é ampliar atendimento no Base em 20%

O contrato de gestão firmado entre a pasta da Saúde e o Instituto Hospital de Base estabelece prazos e metas. Uma delas é ampliar, em um ano, em 20% o atendimento à população.

No total, são 19 metas qualitativas e quantitativas, além de um plano de ações. “Em relação às cirurgias, esperamos aumentar de 6,5 mil para 9,2 mil por ano”, exemplificou o secretário de Saúde, Humberto Fonseca.

Ele listou ainda a meta de mais de 2 milhões de atendimentos ambulatoriais e a reabertura, em um prazo de seis meses, de 107 leitos.

O Base tem 55 mil metros quadrados, cerca de 3 mil servidores, mais de 700 leitos de internação e faz 500 mil consultas por ano.

Para o diretor-presidente do instituto, Ismael Alexandrino Junior, a ampliação dos atendimentos “é desafiadora, mas atingível”.

Oficialmente sob gestão do instituto a partir de hoje, o Base passará por um período de transição. “Ele será um exemplo de sustentabilidade para o SUS [Sistema Único de Saúde], que tem encontrado muitas dificuldades em todo o País”, opinou.

Expectativa do governo é aumentar a produtividade no hospital

O orçamento previsto para a gestão do hospital em 2018 é de R$ 602 milhões, o mesmo do ano passado.

O titular da Saúde esclareceu que há perspectiva de reduzir custos e ter mais produtividade com o mesmo recurso. Os servidores antes lotados no Base que pediram remanejamento, por exemplo, saem da folha de pagamento do local.

Há ainda a expectativa de maior eficiência nas aquisições do hospital, como na compra de medicamentos: “Hoje no que demoramos 11 meses, o instituto poderá comprar em uns dois meses, dependendo da complexidade”, avaliou Fonseca.

Tribunal de Contas do DF fiscalizará a gestão do Base

Apesar do modelo jurídico privado, o Base seguirá público e, portanto, fiscalizado pelo Estado. Primeiramente, o controle será feito pelos mecanismos internos, com auxílio de auditoria externa.

Todas as contas deverão ser enviadas a cada quadrimestre para a Secretaria de Saúde — que terá uma comissão de acompanhamento —, para o Tribunal de Contas do DF e para o Conselho de Saúde local.

A intenção com o novo modelo, segundo a Secretaria de Saúde, é tornar mais dinâmica a administração do maior hospital da capital do País e dar autossuficiência aos administradores na reposição de insumos e de mão de obra.

Da Redação com informações da Ag. Brasília

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