Segundo o comandante, o operador de mísseis que abateu o Boeing disparou sem que pudesse obter a confirmação de uma ordem de disparo

Por Redação 

O comandante da seção aeroespacial da Guarda Revolucionária iraniana, brigadeiro-general Amirali Hajizadeh, declarou neste sábado (11/1) que assumia “total responsabilidade” pela tragédia do Boeing 737 ucraniano, abatido wm Teerã pelo exército iraniano na quarta-feira (8/1).

“Assumo total responsabilidade”, disse o brigadeiro-general Amirali Hajizadeh em comunicado transmitido pela televisão.  “Eu preferiria morrer a ser testemunha de um acidente semelhante”, disse ainda.

Segundo o comandante, o operador de mísseis que abateu o Boeing disparou sem que pudesse obter a confirmação de uma ordem de disparo devido a um bloqueio das telecomunicações. O soldado teve 10 segundos para decidir se dispara o míssel, justificou.  Os 176 passageiros e a tripulação do avião morreram no acidente.

Presidente da Ucrânia quer indenização

O presidente ucraniano e seu colega iraniano manterão conversações neste sábado depois que Teerã admitiu ter abatido por engano o Boeing 737 da Ukraine Airlines International. Volodymyr Zelensky terá “uma entrevista por telefone com o presidente da República Islâmica do Irã, Hassan Rohani, às 17h00 (13h00 de Brasília)”, afirmou a presidência ucraniana em comunicado. 

Ele também afirmou que Teerã parece disposto a conduzir uma investigação “imediata e objetiva”.”Nossos especialistas no Irã tiveram acesso a todas as fotos e vídeos e outras informações necessárias para analisar os processos em andamento em Teerã”, disse Zelensky.

Ele exigiu punição pelos culpados e indenização por parte do Irã, cujo míssil abateu o Boeing na quarta-feira, matando todas as 176 pessoas a bordo. As vítimas são principalmente canadenses iranianos, mas também afegãos, britânicos e suecos, além de onze ucranianos, incluindo nove tripulantes. 

“Esperamos que o Irã leve os culpados à justiça”, “o pagamento de indenizações” e “o retorno dos corpos das vítimas”, escreveu o presidente ucraniano no Facebook. 

Essa tragédia é ainda mais traumática para a Ucrânia porque a lembra do desastre do voo MH17 da Malaysia Airlines, que caiu em 2014 na zona de conflito armado com separatistas pró-russos, no leste da Ucrânia, matando 298 pessoas. 

Segundo investigadores internacionais, o avião foi abatido por um míssil BUK da 53ª Brigada Antiaérea Russa, mas Moscou e os rebeldes continuam negando responsabilidade.

Com informações da Agência France-Presse

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