Joe Biden e Donald Trump. Foto: Reprodução

“Minha responsabilidade como presidente será representar toda a nação”, diz Biden 

Por Redação 

WILMINGTON, Del./WASHINGTON (Reuters) – O democrata Joe Biden se aproximava de alcançar a Casa Branca nesta sexta-feira, ampliando sua estreita vantagem sobre o presidente Donald Trump nos Estados-chave da Pensilvânia e da Geórgia, mesmo enquanto os republicanos buscavam levantar 60 milhões de dólares para financiar ações judiciais que contestam os resultados.

Trump manteve o tom desafiador, prometendo manter as alegações de fraude, sem apresentar fundamentos, enquanto um país cansado e ansioso esperava por uma maior clareza em relação a uma eleição que apenas intensificou a profunda polarização do país.

No quarto dia de contagem de votos, o ex-vice-presidente Biden tinha uma vantagem de 253 a 214 votos no Colégio Eleitoral, que determina o vencedor, de acordo com a Edison Research.

Garantir os 20 votos no Colégio Eleitoral da Pensilvânia colocaria Biden acima dos 270 que ele necessita para ganhar a Presidência após uma carreira política que remonta a quase cinco décadas.

Biden também venceria o pleito se ganhar em dois dos três outros Estados-chave onde estava ligeiramente à frente nesta sexta-feira: Geórgia, Arizona e Nevada. Como na Pensilvânia, os três ainda estavam contabilizando cédulas nesta sexta-feira.

À medida que a liderança de Biden crescia na Pensilvânia, centenas de democratas se reuniram em frente a um local de contagem de votos no centro da Filadélfia portando camisetas amarelas com os dizeres “Conte todos os votos”. Em Detroit, uma multidão de apoiadores de Trump, alguns armados, protestaram do lado de fora de um local de contagem, agitando bandeiras e gritando: “Lute!”

Discurso de Biden neste sábado

Em um discurso na madrugada deste sábado, em tom presidencial, o democrata pediu a união do país: “Minha responsabilidade como presidente será representar toda a nação”. Os números dão a ele vantagem em quatro Estados: Pensilvânia, Arizona, Geórgia e Nevada, enquanto Trump lidera apenas na Carolina do Norte. O resultado final depende da contagem de votos nesses quatro Estados-chave, que avança lentamente e se estenderá no fim de semana, conforme algumas autoridades já avisaram.

Trump sob o tom

Enquanto isso, Trump não deu nenhum sinal de que estaria pronto para ceder, à medida que sua campanha mantinha uma série de ações judiciais que, segundo especialistas jurídicos, provavelmente não alterariam o resultado da eleição.

“Desde o início dissemos que todas as cédulas legais devem ser contadas e todas as cédulas ilegais não devem ser contadas, ainda que tenhamos encontrado resistência a este princípio básico por parte dos democratas em cada turno”, disse Trump em um comunicado divulgado por sua campanha.

“Seguiremos esse processo em todos os aspectos da lei para garantir que o povo norte-americano tenha confiança em nosso governo”, disse Trump.

Na véspera, Trump fez um ataque ao processo democrático norte-americano, fazendo uma aparição na Casa Branca para alegar falsamente que a eleição estava sendo “roubada”.

Autoridades eleitorais de toda a nação disseram não estar cientes de qualquer irregularidade significativa. O secretário de Estado da Geórgia disse nesta sexta-feira que antevê uma recontagem de votos devido à vantagem pequena que Biden tem sobre Trump.

Na quinta-feira, Biden expressou confiança em uma vitória e pediu paciência durante a contagem de votos. Em reação à ideia de que Trump pode não reconhecer a derrota, o porta-voz do democrata, Andrew Bates, disse em um comunicado emitido nesta sexta-feira: “O governo dos Estados Unidos é perfeitamente capaz de escoltar intrusos para fora da Casa Branca”.

Com informações da Reuters 

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